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O deputado cassado Álvaro Lins já é considerado foragido da Justiça, informou a assessoria de imprensa da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

A prisão foi decretada na quinta-feira (14), depois que o ex-chefe da Polícia Civil do Rio perdeu o mandato, que lhe dava imunidade parlamentar, em votação da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj).

O advogado Ubiratan Guedes, que defende Lins, garante, porém, que Lins vai se apresentar à polícia. A apresentação, nesta sexta-feira (15), "depende de liberação médica".

Segundo Guedes, que falou pelo telefone com o G1, Álvaro Lins se encontra com sintomas de depressão. O advogado não confirma se o ex-deputado está internado.

Lins teve seu mandato de deputado cassado pela Assembléia Legislativa do Rio na terça-feira (12). No mesmo dia, à tarde, policiais federais estiveram na casa de Lins para prendê-lo, mas o ex-deputado não foi encontrado.

Álvaro Lins ficou em dificuldades depois que foi denunciado pelo Ministério Público Federal, suspeito de integrar esquemas de corrupção passiva, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito.

Suplente já assumiu

O deputado Renato de Jesus (PMDB) tomou posse nesta quinta-feira (14) na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), na vaga de Álvaro Lins. Segundo a Alerj, este será o quarto mandato de Renato de Jesus, de 55 anos, como deputado. Ele recebeu 36.973 votos nas últimas eleições. Sua filha Renata de Jesus é vereadora em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, reduto eleitoral da família.

Na quarta-feira (13), Lins informou, por meio de seu advogado, que iria tentar recuperar o mandato de deputado estadual na Justiça. Ele alegava que não teve o direito de defesa respeitado na Alerj. O advogado do deputado cassado vai tentar anular a cassação do mandato no Tribunal de Justiça.

Lins já foi preso

Após ser denunciado pelo Ministério Público Federal, Lins chegou a ser preso durante operação Segurança Pública S/A, da Polícia Federal, em maio deste ano. Prisão que foi relaxada pela Alerj horas depois, por 40 votos a 15.

Lins, ex-chefe da Polícia Civil no governo de Rosinha Garotinho, foi acusado de usar a estrutura da corporação que comandou para praticar os crimes de lavagem de dinheiro e facilitação de contrabando. Ele foi investigado e teve o mandato cassado na Alerj por por quebra de decoro do parlamentar.

O primeiro parecer a favor da cassação foi do corregedor Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), argumentando que Lins nomeou pessoas investigadas pela Polícia Federal para seu gabinete. Na época, o deputado afirmou ainda que os crimes de lavagem de dinheiro e de prisão e formação de quadrilha são crimes permanentes, o que indica que os atos que precederam a eleição do parlamentar se conectam com o mandato de Lins.

No dia 5, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu enfim pela cassação do deputado, deixando seu mandato nas mãos do plenário da casa.

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