• Carregando...

O deputado federal Max Rosenmann (PMDB) fez uma denúncia-crime na Procuradoria-Geral da República contra quatro organizações não-governamentais ambientalistas do Paraná por formação de quadrilha. A denúncia protocolada na terça-feira alega que dirigentes dessas ONGs estariam utilizando as relações institucionais do processo de criação de Unidade de Conservação de Proteção das Araucárias para arrecadar dinheiro para uso próprio. Funcionários de cargos comissionados no Ministério do Meio Ambiente estariam ajudando neste processo.

O processo de criação das unidades no Paraná e em Santa Catarina para a preservação de áreas de araucárias tem resistência de produtores que podem ter as terras desapropriadas para a criação das unidades. No Paraná, estão previstas a criação de cinco parques.

De acordo com o deputado, a Sociedade de Pesquisa de Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), a Mater Natura, a Rede de ONGs da Mata Atlântica e a The Nature Conservancy (TNC), que fazem parte de um grupo de trabalho do Ministério do Meio Ambiente para propor as unidades de conservação, apresentaram um relatório com pouca consistência técnica, sem mapas e laudo de vistoria em campo. "Eles não conhecem essas áreas e fraudaram mapas, colocando áreas de campos que não existem. Eles preparam o projeto, escolhem a área e recebem R$ 2 milhões a R$ 3 milhões para essa consultoria", diz Rosenmann.

Ele diz que os integrantes de grupos ambientalistas estariam se articulando, trocando constantemente de funções nas entidades ambientais ou nos órgãos públicos, "na tentativa de institucionalizar ou justificar suas ações". Os grupo de trabalho estariam viciados por uma relação familiar ou pessoal entre os membros das entidades com a direção do Ministério do Meio Ambiente. Entre essas relações, o deputado cita o casal Miriam Prochnow (Rede de Ongs) e Wigold Schaffer, Assessor de Planejamento da Mata Atlântica do Ministério do Meio Ambiente. "Ele contratou a mulher para o grupo de trabalho".

Demora

Na opinião do deputado, os assessores do ministérios que tratam da criação dos parques e o grupo de trabalho não seriam pessoas isentas para tomar a decisão da escolha dessas áreas, que envolve o interesse de milhares de pessoas e agricultores, sem a participação desses. "Depois que a portaria para a criação do parque está publicada, é preciso brigar na Justiça e isso demora", diz Rosenmannn.

O procurador-geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, encaminhou a denúncia para Renita Cunha Kravetz, procuradora-chefe da Procuradoria da República no Paraná. A Procuradoria no Paraná diz que o processo ainda não chegou ao estado e que deve ser recebido pelo procurador Luiz Sérgio Langowski.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]