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Paulo Feijó nega que tenham lhe oferecido valores | LUCIO BERNARDO JR/Câmara dos Deputados
Paulo Feijó nega que tenham lhe oferecido valores| Foto: LUCIO BERNARDO JR/Câmara dos Deputados

O deputado Paulo Feijó (PR-RJ) relatou a colegas de partido que teve uma conversa “muito ruim” com o ex-deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), que tentou mudar sua posição a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que foi chamado para uma reunião com pessoas do seu partido e que, nessa ocasião, lhe ofereceram conversar com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Feijó, no entanto, não diz quem foram os interlocutores.

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Deputados do PR e do PMDB disseram ter ouvido rumores de que parlamentares estariam recebendo oferta de dinheiro para votar contra o impeachment. A cifra chegaria a R$ 2 milhões por voto, dinheiro para financiar campanhas eleitorais.

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Feijó nega que tenham lhe oferecido valores. “Me convidaram para ir na Dilma, no Lula. Eu disse que não perdessem tempo comigo, não. Fiquei chateado com isso. Começaram a divulgar que eu tinha mudado minha posição. Eu voto a favor do impeachment”, disse. “Quero andar de cabeça erguida. Se votar contra, não poderei nem sair na rua.”

A reportagem não conseguiu contato com o ex-deputado. A filha de Garotinho, Clarissa (PR-RJ), se licenciou do mandato e não participará da votação. A ausência ajuda o governo, que precisa impedir que a oposição alcance 342 votos.

Diante da informação de que Feijó poderia mudar de lado, deputados do PR pró-impeachment passaram a madrugada com ele para garantir o voto contra Dilma.

Fundo partidário

Dinheiro do fundo partidário também tem sido oferecido para deputados na disputa por votos. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o presidente do PR, deputado Alfredo Nascimento (PR-AM), tem convidado deputados do partido para conversas nas quais ele informa que tem R$ 100 milhões no fundo partidário para financiar campanhas.

Ele trabalha contra o impeachment. A bancada do partido na Câmara, contudo, tem maioria favorável à cassação da presidente. Procurado, Nascimento não foi localizado.

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