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Durante a sessão de ontem, vários deputados seguiram o mesmo discurso de Valdir Rossoni (PSDB) e também criticaram o fato de a investigação do Ministério Público Estadual (MP) ter se tornado pública – o que para eles representa uma condenação prévia dos parlamentares com servidores investigados. Até mesmo quem não é ci­­tado no procedimento do MP saiu em defesa dos colegas e criticou o Ministério Público e a Gazeta do Povo.

Afirmando que um agente público não pode temer qualquer investigação, Reni Pereira (PSB) disse estar surpreso pela maneira como a informação veio a público. Segundo ele, a investigação virou notícia sem que ele tenha tomado conhecimento. "Liguei ao Ministério Público e me informaram que eu teria de formalizar, através de petição, para ter cópia da investigação. Mas a imprensa teve acesso antes", afirmou. Ele ainda criticou o MP por ter aberto um procedimento com base em denúncia anônima mas de, ao mesmo tempo, vedar que o mesmo seja feito em relação a membros da instituição.

Outro investigado, Luiz Eduardo Cheida (PMDB) disse que o MP agiu de maneira "tendenciosa e antidemocrática" ao repassar a um único veículo de comunicação uma denúncia anônima que ainda não foi devidamente apurada. "Os fatos precisam ser apurados, mas a forma como o Ministério Público agiu pareceu uma calúnia", defendeu. "Jogar uma notícia na imprensa como verdade sem ser parece uma leviandade por parte da instituição que antes de divulgar a informação deveria investigar os fatos."

Líder do governo na Casa, Ademar Traiano pediu um voto de confiança às medidas moralizadoras tomadas na As­­­­sembleia. Para ele, não se podem com­­­prometer os avanços conseguidos até agora graças, principalmente, ao clamor da sociedade paranaense. "Não somos contra investigação, mas há que ser ter cautela, porque lá na frente o que se levanta pode não ser verdadeiro."

Já o presidente da CPI das Fa­­­­lências, Fábio Camargo (PTB), criticou a atitude do MP, destacando que não recebeu nenhum retorno da instituição em relação a situações envolvendo a investigação das massas falidas. "Aqueles que são contra essas mudanças na Casa que continuem mandando dossiês anônimos ao Ministério Público. Assim eles têm o que fazer, porque com coisas sérias como a CPI das Falências nós não tivemos um retorno.

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