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Um grupo de deputados entregou na tarde desta quinta-feira ao vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), o pedido de criação de uma CPI mista para investigar fraudes na liberação de emendas para a área da saúde. O documento conta com as assinaturas de 230 deputados e 30 senadores.

Como se trata de uma CPI mista, caberá ao presidente do Congresso, Renan Calheiros, decidir se instala ou não a comissão. Tião Viana afirmou que entregará o requerimento a Renan na próxima segunda-feira.

Os deputados, entre eles Raul Jungmann (PPS-PE), Fernando Gabeira (PV-RJ), Maninha (PSOL-DF), Chico Alencar (PSOL-RJ) e Orlando Fantazzini (PSOL-SP) - também protocolaram o requerimento na Mesa Diretora do Congresso.

- Esta é uma CPI para limpar a imagem da Casa - disse Jungmann.

O esquema de corrupção que a CPI deverá investigar foi desbaratado pela Polícia Federal com a Operação Sanguessuga, que prendeu, no início deste mês, 46 pessoas, entre empresários, assessores parlamentares, funcionários do governo federal e dois ex-deputados. Estima-se que a quadrilha tenha desviado cerca de R$ 110 milhões desde 2001.

Na opinião de Jungmann, o Congresso não pode assistir às investigações sem tomar providências, já que alguns parlamentares são suspeitos de terem participado do esquema.

- Nem a Polícia Federal, nem o Ministério Público da União tem autonomia para investigar parlamentares - lembrou.

Os parlamentares admitem que, por ser proposta em um ano eleitoral, a CPI pode ser usada politicamente. Entretanto, acreditam que a escolha da mesa diretora da comissão será decisiva para impedir que isso aconteça.

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