Brasília - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atendeu a apelos de empresários, governadores e parlamentares do governo e da oposição, que integram a Comissão de Orçamento do Congresso, ao liberar as obras da Petrobras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ele ainda considerou que a decisão de Lula não é uma afronta ao TCU, órgão contra o qual o presidente vem fazendo críticas sistemáticas, justamente por pedir a paralisação de obras do governo federal suspeitas de irregularidades.
Padilha afirmou que a decisão não acirra os ânimos com o TCU, já que foi tomada por Lula a pedido de vários setores. "O Comitê de Obras da Câmara, que integra a Comissão de Orçamento, apresentou uma proposta ao presidente (da Casa) Michel Temer indicando que retiraria as obras (da lista daquelas que não receberiam recursos). O presidente atendeu a esse apelo, uma vez que são obras da Petrobras."
O ministro disse ainda que o comitê é coordenado pelo deputado Carlos Melles (DEM-MG), que é da oposição. Como o TCU é um órgão que assessora o Congresso, Padilha disse que não vê desconforto, já que o próprio Legislativo sugeriu a mudança.
"É um apelo fundamental porque são quatro obras da Petrobras, que envolvem um conjunto de recursos muito importante e mais de 25 mil empregos. A partir dessa demanda, o presidente decidiu vetar", disse Padilha.
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