Dados de fevereiro não estão no ar
Apesar de o mês de março estar quase no fim, ainda não há dados completos a respeito dos gastos de fevereiro. Dos 54 deputados, 21 ainda não prestaram contas.
Até janeiro deste ano, na legislatura anterior, havia um acordo informal entre a Mesa Executiva e os deputados referente ao prazo da prestação de contas. Ela deveria ser feita até o dia 15 do mês subsequente.
O Portal da Transparência da Assembleia, no qual são disponibilizados os relatórios sobre a verba de ressarcimento, está passando por transformações. O presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), vem afirmando que a ferramenta será aprimorada aos poucos, e que é preciso "paciência" enquanto as mudanças são feitas. (RF)
Em janeiro deste ano, último mês de mandato da legislatura anterior, os deputados estaduais do Paraná gastaram R$ 684 mil da verba de ressarcimento. Apesar de o valor ter sido inferior ao registrado no mesmo mês de 2010 (R$ 745,7 mil), os gastos com alimentação subiram. Passaram de R$ 112,8 mil para R$ 129 mil.
Quem mais gastou com essa rubrica foi Antonio Anibelli (PMDB), justamente no mês em que se despediu do Legislativo, depois de sete mandatos. Ele declarou gastos de R$ 10.499,77, dos quais R$ 3,6 mil no Madalosso, R$ 2,2 mil na Churrascaria Curitibana e R$ 2 mil no Lellis Trattoria. Outros que gastaram bastante com alimentação foram Marcelo Rangel (PPS), com R$ 5,6 mil; Teruo Kato (PMDB), R$ 5,2 mil; e Beti Pavin (PMDB), com R$ 5 mil.
Propaganda
Mesmo sendo fim de mandato, alguns deputados gastaram bastante com o serviço de divulgação da atividade parlamentar. O total gasto pelos parlamentares bateu na casa dos R$ 84 mil. A deputada Cida Borghetti, que em fevereiro assumiu uma cadeira na Câmara Federal, gastou R$ 15 mil. Rosane Ferreira (PV), na mesma situação, usou R$ 6,5 mil para divulgação. Outro que declarou valores altos foi Jonas Guimarães (PMDB), que usou R$ 9,4 mil.
Cada deputado tem direito a receber R$ 15 mil mensais para subsidiar gastos com combustíveis (até 30% do total), passagens, hospedagem, alimentação, gráficas e locações de imóveis e veículos, entre outros. O saldo não utilizado pode ser aproveitado nos meses seguintes.
O deputado licenciado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), secretário estadual do Trabalho e Emprego, gastou próximo do limite: R$ 14.994,84. As maiores despesas foram com alimentação e combustíveis: R$ 4.765,38 e R$ 3.076,20, respectivamente. Durval Amaral (DEM), secretário-chefe da Casa Civil, foi um pouco mais econômico. Usou R$ 9.876,40 da verba, dos quais R$ 3.886,82 foram usados com combustível e R$ 3.127,78 com alimentação.
Rosana Félix
-
Ato de Bolsonaro no Rio reforça reação à censura e busca união da direita nas urnas
-
Entenda o papel da comissão do Congresso dos EUA que revelou os pedidos sigilosos de Moraes
-
PF usou VPN para monitorar publicações de Rodrigo Constantino no exterior
-
Brasileiro é o maior pagador de impostos do Paraguai: “É fácil de entender e mais barato”
Deixe sua opinião