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Os 20 deputados que se despediram ontem da Assembléia Legislativa são forçados agora a voltar para a iniciativa privada ou tentar continuar no meio político ocupando um cargo público. O principal abrigo de boa parte dos parlamentares que não conseguiram a reeleição em outubro será o governo do estado. Aliados do governador Roberto Requião (PMDB) terão espaço garantido nos cargos de primeiro e segundo escalão.

Na nova equipe do governador estão Rafael Greca (PMDB), Natálio Stica (PT), Vanderlei Iensen (PMDB), Elza Correia (PMDB) e Mário Sérgio Bradock (PMDB). O primeiro suplente do PMDB, Ademir Bier, também deve ser aproveitado no Executivo, mas a função ainda não foi definida.

Ontem, no mesmo dia em que os novos eleitos tomaram posse, alguns peemedebistas começaram o expediente no Palácio Iguaçu. É o caso de Vanderlei Iensen (PMDB), que assumiu a chefia de gabinete do governador, mesmo cargo que ocupou no mandato anterior, quando se licenciou da Assembléia para fazer parte do secretariado. "Ocupar as duas funções foi interessante porque participei do Legislativo e do Executivo, desde a elaboração das mensagens de autoria do governo, como os projetos na área social, até a aprovação das leis na Assembléia", afirmou.

Ex-prefeito de Curitiba e ex-ministro do Esporte, Rafael Greca não conseguiu voto suficiente para mais um mandato, mas não vai ficar de fora da vida pública. Assumiu ontem a diretoria da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar).

Para a colega de partido, Elza Correia, de Londrina, que cumpriu apenas um mandato, está reservada a coordenadoria da região metropolitana de Londrina, cargo recém-aprovado pela Assembléia Legislativa com salário de R$ 11,2 mil.

O deputado Mário Sérgio Bradock, também de primeiro mandato, não deve voltar a cumprir expediente como delegado. Pode ganhar a chefia de segurança da Assembléia Legislativa e permanecer no cargo até se aposentar na carreira de policial civil daqui a quatro anos. Para o aliado petista Natálio Stica foi oferecida a diretoria da Sanepar.

O único peemedebista não-reeleito que ainda é dúvida na equipe de Requião é José Maria Ferreira, ex-prefeito de Ibiporã. Deputado de terceiro mandato, é apontado pelos parlamentares como um dos mais atuantes pela sua participação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na discussão de projetos e por ser um estudioso das leis. Sua não-reeleição foi lamentada por deputados de todos os partidos.

Como teve atritos políticos durante a campanha eleitoral com o irmão do governador, o secretário de Educação, Maurício Requião (PMDB), Ferreira ainda não foi cogitado para nenhum cargo no Executivo. A tendência é que retorne a Londrina para cuidar de negócios da família na região.

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