
Mesmo contando com um orçamento proporcionalmente mais enxuto, os deputados estaduais paranaenses gastaram mais em 2012. No ano em que alguns parlamentares disputaram eleições em seus municípios e outros participaram diretamente das campanhas eleitorais, as despesas com combustível, alimentação e divulgação de atividades, entre outros itens, cresceu 18,7% em relação a 2011. Despesas essas que aumentaram em proporção menor do que as receitas da Assembleia Legislativa, uma vez que o orçamento da Casa teve aporte de 14,1% entre um exercício e outro.
Segundo dados do Portal da Transparência da Assembleia, em 2012 os parlamentares gastaram um total de R$ 10,1 milhões com verbas de ressarcimento. São recursos da ordem de R$ 17.166 mensais aos quais cada deputado tem direito e que são destinados a cobrir gastos com atividades parlamentares e de assessores. Nessa relação, aparecem despesas com combustível, alimentação, locação de imóveis, viagens, hospedagem e produção de materiais de divulgação, entre outros. O montante gasto equivale a 2,5% do orçamento total da Assembleia no ano passado, de R$ 422,4 milhões.
INFOGRÁFICO: Veja os gastos por setor e o ranking dos gastadores
Em 2011, os gastos dos deputados ficaram em R$ 9,1 milhões, equivalentes a 2,4% dos R$ 370 milhões que a Assembleia tinha de orçamento. Uma das explicações para esse incremento nas despesas foi o reajuste aplicado na verba de representação, que até 2011 era de R$ 15 mil mensais. O presidente Valdir Rossoni (PSDB) justificou o aumento pelo fato de o valor estar congelado desde 2009. No entanto, a correção foi de 14,6%, ainda inferior aos 18,7% que os parlamentares vieram a gastar a mais. Mesmo a inflação registrada entre um ano e outro ficou bem abaixo desse percentual: 7,81% conforme o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).
Cabe lembrar ainda que o aumento dos gastos ocorreu em um ano eleitoral. Entre julho e setembro, dez deputados participaram diretamente da campanha, sendo candidatos a prefeito em seus municípios. Oito deles se licenciaram. Além disso, o mês de setembro teve sessões somente até o dia 19, a fim de permitir que os parlamentares se dedicassem integralmente ao processo eleitoral. Os deputados, inclusive os que eram candidatos, gastaram ao todo R$ 2,2 milhões durante os três meses em que transcorreu a campanha.
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