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Rose Litro: deputada foi a segunda na lista de gestos da Assembleia; Péricles de Mello: candidato a prefeito teve maior gasto, de R$ 205,9 mil no ano | Fotos: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo e Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Rose Litro: deputada foi a segunda na lista de gestos da Assembleia; Péricles de Mello: candidato a prefeito teve maior gasto, de R$ 205,9 mil no ano| Foto: Fotos: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo e Josué Teixeira/ Gazeta do Povo

Secretários licenciados usaram R$ 187,3 mil antes de proibição

Dos mais de R$ 10 milhões gastos pela Assembleia Legislativa para manutenção das atividades parlamentares, R$ 187,3 mil não foram usados por deputados no exercício de suas funções.

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Péricles e Rose são os que mais gastaram

Se usar os R$ 17,1 mil mensais a que tem direito, cada um dos 54 deputados paranaenses vai gastar R$ 205.992 durante o ano com as verbas de ressarcimento. Em 2012, dois parlamentares quase atingiram esse montante, sendo os campeões de gastos da Assembleia. Péricles de Mello (PT) gastou R$ 205.991,54 – ou seja, poupou R$ 0,46. A deputada Rose Litro (PSDB) usou R$ 205.991,30, poupando R$ 0,70.

Já o deputado estadual que menos usou os recursos da Casa em 2012 foi Nelson Garcia (PSDB), que gastou R$ 137.325,67, o equivalente a 66,6% do dinheiro a que teria direito. Em média, cada deputado despendeu R$ 16,7 mil por mês.

Péricles e Rose gastaram a maior parte de suas verbas com combustível, R$ 52,5 mil no caso do petista e R$ 56,8 mil para a tucana. Pé­­ricles foi candidato a prefeito de Ponta Grossa, sendo der­­rotado no segundo turno por outro deputado estadual, Marcelo Rangel (PPS). Sem se licenciar durante o período de campanha, ele gastou R$ 52,8 mil entre julho e outubro, quando esteve envolvido na disputa eleitoral. Péricles e Rose não foram localizados para comentar o assunto.

Mesmo contando com um orçamento proporcio­­nalmente mais enxuto, os deputados estaduais paranaenses gastaram mais em 2012. No ano em que alguns parlamentares disputaram eleições em seus municípios e outros participaram diretamente das campanhas eleitorais, as despesas com combustível, alimentação e divulgação de atividades, entre outros itens, cresceu 18,7% em relação a 2011. Despesas essas que aumentaram em proporção menor do que as receitas da Assembleia Legislativa, uma vez que o orçamento da Casa teve aporte de 14,1% entre um exercício e outro.

Segundo dados do Por­­tal da Transparência da As­­sembleia, em 2012 os parlamentares gastaram um total de R$ 10,1 milhões com verbas de ressarcimento. São recursos da ordem de R$ 17.166 mensais aos quais cada deputado tem direito e que são destinados a cobrir gastos com atividades parlamentares e de assessores. Nessa relação, aparecem despesas com combustível, alimentação, locação de imóveis, viagens, hospedagem e produção de materiais de divulgação, entre outros. O montante gasto equivale a 2,5% do orçamento total da Assembleia no ano passado, de R$ 422,4 milhões.

INFOGRÁFICO: Veja os gastos por setor e o ranking dos gastadores

Em 2011, os gas­­tos dos deputados ficaram em R$ 9,1 milhões, equivalentes a 2,4% dos R$ 370 milhões que a Assembleia tinha de orçamento. Uma das explicações para esse incremento nas despesas foi o reajuste aplicado na verba de representação, que até 2011 era de R$ 15 mil mensais. O presidente Valdir Rossoni (PSDB) justificou o aumento pelo fato de o valor estar congelado desde 2009. No entanto, a correção foi de 14,6%, ainda inferior aos 18,7% que os parlamentares vieram a gastar a mais. Mesmo a inflação registrada entre um ano e outro ficou bem abaixo desse percentual: 7,81% conforme o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).

Cabe lembrar ainda que o aumento dos gastos ocorreu em um ano eleitoral. Entre julho e setembro, dez deputados participaram diretamente da campanha, sendo candidatos a prefeito em seus municípios. Oito deles se licenciaram. Além disso, o mês de setembro teve sessões somente até o dia 19, a fim de permitir que os parlamentares se dedicassem integralmente ao processo eleitoral. Os deputados, inclusive os que eram candidatos, gastaram ao todo R$ 2,2 milhões durante os três meses em que transcorreu a campanha.

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