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Deputados estaduais bateram boca e trocaram acusações públicas na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na tarde desta segunda-feira (15). O tema da discussão: o pedágio. O deputado Kleiton Kielse (PEN) denunciou o que chamou de "Máfia dos Pedágios". Segundo o parlamentar, alguns de seus colegas tiveram campanhas financiadas por concessionárias e que, por isso, não investigam os contratos de concessão. Citado nominalmente, Ney Leprevost (PSD) reagiu e chegou a chamar Kielse de "bandido".

O debate esquentou logo após Kielse subir à tribuna e voltar a falar dos pedágios no Paraná. O deputado citou o presidente da casa, Valdir Rossoni (PSDB), Plauto Miró (DEM) e Leprevost, acusando-os de serem coniventes com as concessionárias.

Segundo Kielse, um procurador da Alep é parente da diretora de uma concessionária e que Plauto Miró é ex-genro de um diretor de outra. O deputado do PEN acusa ainda Leprevost de ter recebido R$ 1 milhão de uma empreiteira, que teria relação com as concessionárias.

Na avaliação de Kielse, o financiamento de campanhas de parlamentares por parte de concessionárias seria o principal motivo pelo qual a CPI dos Pedágios ainda não tenha sido instaurada pela casa. Ele responde a um procedimento no Conselho de Ética na Alep, por acusações feitas a parlamentares, referentes ao pedido de instauração da CPI.

Reação

O contra-ataque mais veemente foi o de Leprevost, que também usou a tribuna da Alep para se defender. Ele confirmou que sua campanha recebeu dinheiro da empreiteira citada por Kielse, mas negou qualquer relação dele a da empresa com concessionárias. Leprevost disse que desistiu de apoiar a instauração da CPI dos Pedágios, porque considerou que Kielse usaria a comissão para "achacar concessionários". No momento mais inflamado de seu discurso, Leprevost chegou o colega denunciante de "bandido" e de "pistoleiro" e que garantiu que pediria a cassação dele.

Por meio de nota, a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) afirmou que não tem informações sobre as denúncias feitas por Kielse. A entidade afirma que as declarações do deputado "estão equivocadas, não sendo a expressão da verdade". "As concessionárias não irão discutir o uso político do pedágio, nossa atenção está voltada à prestação de um bom serviço aos usuários e à comunidade paranaense", diz a nota.

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