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Substituto

Desafio do novo ministro será unificar o PDT

Indicado para o Ministério do Trabalho, Brizola Neto não conta com o apoio dos deputados pedetistas

Brizola Neto: novo ministro do Trabalho toma posse na quinta | Eliaria Andrade/Agência O Globo
Brizola Neto: novo ministro do Trabalho toma posse na quinta (Foto: Eliaria Andrade/Agência O Globo)

O novo ministro do Trabalho, deputado Brizola Neto (PDT-RJ), tem como primeiro desafio unificar o PDT. O partido resiste à escolha de seu nome para a pasta, desde a saída de Carlos Lupi, presidente do PDT, em dezembro do ano passado. Brizola Neto foi oficialmente indicado para o cargo ontem, pela presidente Dilma Rousseff. Ele toma posse na quinta-feira.

A indicação do seu nome desagradou a bancada do PDT na Câmara dos Deputados. O líder do partido na Casa, o deputado André Figueiredo (CE), disse que a legenda não reconhece no indicado um representante da legenda no primeiro escalão do governo Dilma. A bancada preferia o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) para o cargo. Outro cotado para o posto era o secretário-geral do PDT, Manoel Dias.

Entre os pedetitas na Câmara, Brizola conta com o apoio do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical. O aval da Força Sindical e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi considerado fundamental para Dilma bater o martelo em relação ao nome de Brizola Neto. Esses apoios também são considerados importantes para que ele consiga restabelecer a unidade no PDT.

Assim que foi confirmada a sua indicação ao cargo, o novo minitro começou a conversar com os parlamentares do PDT em busca da unificação. "O fundamental é a unidade do partido e acabar com qualquer tipo de insatisfação", disse Brizola Neto. Uma reunião com a bancada deverá acontecer na próxima semana.

O ministro ressaltou que o PDT sempre deu demonstrações de apoio ao governo e ao programa desenvolvido pela presidente Dilma Rousseff. "Não teremos grandes dificuldades em seguir o projeto de unidade do partido", prevê Brizola Neto. Segundo ele, o compromisso de todos é com a identidade do partido com o governo e com o projeto que representa o governo Dilma.

Porém, não é bem esse discurso que a bancada pedetista na Câmara está adotando. Como não entendem a indicação de Brizola Neto como do partido, os deputados afirmam que o PDT deverá ficar ainda mais a vontade para adotar uma postura independente no Congresso."Sem um representante no ministério, como realmente não temos, nós ficamos mais a vontade e mais livres para votarmos com a nossa linha programática e com nossos convencimentos", Disse o deputado Giovanni Queiroz (PA), ex-líder do PDT na Câmara.

Novela

O PDT comanda o Mi­nis­tério do Trabalho desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Com a saída de Lupi, envolvido em suspeitas de irregularidades em contratos com ONGs, o cargo vem sendo ocupado pelo interino Paulo Roberto dos Santos Pinto, em meio a pressões por uma nomeação definitiva.

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