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Brasília (AG) – Mapeamento feito pelo governo mostra uma redução de 50% no ritmo de desmatamento na Amazônia. Dados do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter) indicam que entre agosto de 2004 e julho de 2005 foram derrubados 9.102 quilômetros quadrados de floresta, menos da metade dos 18.724 quilômetros quadrados desmatados entre agosto de 2003 e julho de 2004.

Os estados do Pará e Tocantins foram os que registraram maior redução de novas áreas devastadas. Se comparado o período de agosto de 2003 a julho de 2004 com agosto de 2004 a julho de 2005, esses estados registraram diminuição de 81% da área desmatada. O Pará era o estado campeão de desmatamento no início do governo Lula.

Campeão do desmatamento

O estado com menor variação do nível de desmatamento, segundo levantamento do Ministério do Meio Ambiente, foi Mato Grosso, com uma redução de 33%. No período de 27 de agosto de 2003 a 29 de julho de 2004, o nível de desmatamento do Mato Grosso chegou a 9.059 quilômetros quadrados. De 25 de agosto de 2004 a 30 de julho de 2005, o número caiu para 6.091 quilômetros quadrados. Mesmo com essa redução, o Mato Grosso é o campeão de desmatamento do país.

"No Mato Grosso a situação é muito complexa porque há uma quantidade de terra desmatada e talvez a ausência de adesão ao plano de combate ao desmatamento, que está sendo recuperado agora porque estamos assinando vários convênios com o governo do estado. O processo que está ocorrendo no Pará poderá ser verificado no Mato Grosso e regiões próximas", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A ministra afirmou que os números são estimativas. A taxa oficial de desmatamento deverá ser divulgada no fim do ano, depois da análise de dados de outro sistema de captação, o Prodes.

Marina considera, no entanto, que os números do fim do ano deverão confirmar a tendência "clara e significativa" da redução do ritmo de desmatamento, depois de vários anos de crescimento ininterrupto.

Plano de Ação

Ela atribui o resultado ao Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, lançado ano passado. "Dissemos que não faríamos pirotecnia. Agora começamos a colher os frutos das iniciativas", afirmou.

Lançado em março de 2004, o plano tem como diretrizes a valorização da floresta, prioriza o melhor uso das áreas dematadas, o ordenamento territorial e fundiário, o planejamento da infra-estrutura e o monitoramento e controle ambiental.

Marina Silva destaca que as ações de fiscalização feitas em parceria entre os governos estaduais, a Polícia Federal, Ibama e Exército têm contribuído para reduzir o desmatamento. O plano tem a participação de 13 ministérios.

Segundo o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, nos estados onde não houve integração o desmatamento não apresenta redução expressiva.

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