
Um dos laços mais “ricos” de investigação da Operação Lava Jato está perdendo fôlego. A Pixuleco II, deflagrada em agosto pela Polícia Federal (PF), apura crimes de corrupção e lavagem envolvendo contratos do Ministério do Planejamento. Entre os investigados dessa fase da operação estão Alexandre Romano, ex-vereador pelo PT no interior de São Paulo, o advogado Guilherme Gonçalves, a senadora paranaense Gleisi Hoffmann (PT) e o ex-ministro Paulo Bernardo.
Envolvidos divergem sobre paralisia do processo
Inquérito ainda não chegou à Polícia Federal paulista
À época da Pixuleco II, os investigadores ressaltaram que o repasse de dinheiro a empresas indicadas por intermediários ligados ao PT persistiu até um mês antes da operação. Porém, por não envolver contratos da Petrobras, em setembro, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo desmembramento dessa parte da investigação, que acabou remetida à Justiça de São Paulo, onde o crime foi supostamente cometido.
A parte que envolve a senadora Gleisi Hoffmann ficou no STF, já que ela possui foro privilegiado.
Impasse
Desde então, entretanto, como informa o delegado Igor Romário de Paula, da PF de Curitiba, nada foi feito em relação ao processo. “Há um impasse lá em São Paulo que a gente não sabe como vai ser resolvido porque o Ministério Público Federal de lá ficou com os inquéritos e não os repassou para a Polícia Federal. Não sei como isso vai ser decidido lá”, explicou o delegado.
Romário aponta ainda que a deflagração desta fase da Lava Jato trouxe elementos “ricos e interessantes” que poderiam justificar novas etapas da operação em consequência.
“A impressão que a gente tinha quando foi apreendido tudo é de que aquele caso poderia avançar muito rápido. Não era um volume absurdo de material apreendido, a gente poderia ter analisado rápido, principalmente as mídias, e ter feito novas fases”, diz.



