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Em viagem a Pernambuco na segunda-feira (25), a presidente Dilma Rousseff se prepara para tratar de uma agenda política delicada: tentar uma reaproximação com o governador Eduardo Campos (PSB), aliado que tem aumentado as críticas ao governo e é visto cada vez mais como um adversário na corrida presidencial em 2014. A viagem, para anunciar investimentos contra a seca, faz parte do périplo que Dilma vem fazendo pelo Nordeste, região que garantiu votação expressiva à presidente na eleição em 2010. Mas entre os dois eventos públicos, Dilma e Campos terão um almoço reservado.

A agenda de Dilma, que não vai a Pernambuco desde fevereiro de 2012, tem um viés simbólico por inaugurar um trecho de adutora que leva água do rio São Francisco a famílias do sertão pernambucano.

A seca prolongada dos últimos meses se transformou em um problema para o Estado e o governo federal. Por isso, tanto Dilma quanto Campos, responsável pela indicação do ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional), pasta que gerencia obras contra estiagem, fazem questão de dividir o palanque em Serra Talhada.

Na última vez que Dilma esteve no Estado, Campos era aliado incondicional do governo federal e do PT no Estado, com quem rompeu na aliança para a eleição municipal em Recife, derrotando o PT.

Por isso, a passagem da presidente serve para acalmar os ânimos do PT pernambucano, já que o governo não tem interesse em acirrar disputas com o presidente do PSB, ainda na tentativa de tê-lo como aliado de Dilma em 2014.

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