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Presidente Dilma Rousseff durante reunião ministerial nessa terça-feira (27) | Roberto Stuckert Filho / Presidência da República / Divulgação
Presidente Dilma Rousseff durante reunião ministerial nessa terça-feira (27)| Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência da República / Divulgação

Antes de encontro ministerial, Dilma se reuniu com equipe econômica

A presidente Dilma Rousseff recebeu, no Palácio da Alvorada, os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). A ideia é dar respaldo à equipe econômica, que vem sendo criticada pelos aliados e pela oposição.

A presidente não quer que os debates internos do governo venha a público e orientou os ministros a não entrarem na Granja do Torto com assessores.

Lava Jato: Dilma diz que é preciso punir as pessoas e não destruir as empresas

Em sua primeira manifestação pública deste ano, a presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento na tarde desta terça-feira durante reunião ministerial, na Granja do Torto, em Brasília. Dilma destacou o combate à corrupção no caso do escândalo da Petrobras, envolvendo a operação Lava Jato. "Temos que apurar com rigor tudo de errado que foi feito. Temos que aprimorar mecanismos para que coisas como essas não voltem a acontecer. Temos que saber apurar e investigar", disse.

Para a presidente, é preciso "punir as pessoas" e "não destruir as empresas": "Nós temos de saber fazer isso sem prejudicar a economia e as empresas. Queria dizer que punir, ser capaz de combater a corrupção, não quer dizer destruir as empresas. As pessoas tem que ser punidas, e não as empresas. Temos que fazer um pacto implacável contra a corrupção."

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (27) os ajustes que estão sendo feitos pelo governo, a fim de manter o modelo que concilia crescimento econômico, distribuição de renda e inclusão social. A presidente, que comanda a primeira reunião ministerial do seu segundo mandato, disse ainda que é preciso garantir a solidez dos indicadores econômicos e que as mudanças que o Brasil precisa dependem da estabilidade e credibilidade da economia.

O governo vem adotando medidas pouco populares, como corte de gastos e aumentos de impostos, para tentar resgatar a confiança dos agentes econômicos, abalada pelo fraco desempenho da economia e inflação elevada, além dos fracos resultados das contas públicas.

O segundo mandato também terá ampliação das concessões e autorizações no setor de infraestrutura para o setor privado. Segundo a presidente, serão realizadas concessões nos setores de hidrovias, dragagem e portos, além de ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida nos grandes centros urbanos.

Dilma informou ainda que está sendo finalizada proposta do super simples para transição dos mecanismos tributários que atrapalham micro e pequenas empresas e que também será apresentado plano nacional de exportações. Além disso, completou ela, será lançado um programa de desburocratização das ações de governo, para simplificar relacionamento das empresas com Estado, mas não deu mais detalhes.

A presidente Dilma recomendou aos 39 ministros que trabalhem para dar sequência ao projeto político implantado pelo PT e pelos partidos da base do governo em 2003. "Minha primeira recomendação para vocês, que vão compartilhar comigo a responsabilidade de governar, é trabalhar muito para darmos sequência ao projeto político que implantamos em 2003 e está mudado o Brasil para melhor", afirmou.

Em discurso, Dilma citou os avanços obtidos no combate à miséria e à pobreza nos últimos anos e destacou especialmente que o principal objetivo do próximo mandato será a educação. "Deixei claro que um novo mandato para mim e para nós todos tem o objetivo principal de preparar o Brasil para a era do conhecimento, com prioridade nos investimentos na educação", completou.

Dilma disse ser necessário trabalhar para a elevação da competitividade da economia por meio da educação. "Propus fazer do Brasil uma pátria educadora, e foi para isso que a maioria do povo brasileiro nos deu seus votos", acrescentou. A presidente reafirmou seu compromisso de manter um modelo que, segundo ela, concilia desenvolvimento econômico com distribuição de renda e inclusão social. "Mas a população também votou por mudanças e nós as faremos. É nosso compromisso fazer mudanças necessárias. Faremos governo ao mesmo tempo de continuidade e de mudanças", prometeu.

O encontro

A primeira reunião ministerial do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff ocorre na Residência Oficial da Granja do Torto. Todos os 39 ministros estão presentes. Eles deverão receber orientações e debater os principais problemas do país, como a crise hídrica e as recentes medidas econômicas anunciadas pelo governo.

A expectativa é que, ao fim do encontro, um ou mais ministros sejam destacados para falar sobre os pontos tratados. Esta será a primeira vez que toda a equipe estará reunida para um encontro de trabalho.

Autoridades como o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, também são considerados ministros. Além dos ministros, participa Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais.

A ministros, Dilma anuncia reuniões a cada 4 meses com líderes e partidos

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira que as reuniões ministeriais do governo serão ampliadas e ocorrerão a cada quatro meses. Os encontros, que ficaram de lado durante o primeiro mandato, contarão com líderes do Congresso e presidentes de partidos aliados.

O anúncio foi feito a portas fechadas durante a primeira reunião ministerial realizada no segundo mandato da petista. O último encontro do tipo foi feito em 2013, logo após a eclosão das manifestações.

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