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Dilma defende o ajuste fiscal e pede ‘batalha’ pela comunicação

Em reunião ministerial, petista defende medidas que mexem nos direitos trabalhistas e solicita à equipe que leve a posição do governo à opinião pública

Dilma Rousseff com seus ministros: cobrança por eficiência nos gastos públicos | Roberto Stuckert Filho/Presidência
Dilma Rousseff com seus ministros: cobrança por eficiência nos gastos públicos (Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência)

Em meio às críticas de centrais sindicais, da oposição e até mesmo de aliados ao ajuste fiscal anunciado pelo governo, a presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu ontem o pacote de medidas do Palácio do Planalto que, segundo ela, vai promover um "reequilíbrio fiscal para recuperar o crescimento da economia o mais rápido possível".

Na primeira reunião ministerial do ano, Dilma pediu que os ministros façam "mais com menos", cobrou eficiência e convocou a equipe a travar uma "batalha pela comunicação", levando a posição do governo à opinião pública e assegurando que o Planalto não se distanciou um "milímetro" do projeto vencedor das eleições.

"Os ajustes que estamos fazendo são necessários para manter o rumo, para ampliar as oportunidades, preservando prioridades sociais e econômicas do governo que iniciamos há 12 anos. As medidas que estamos tomando e que tomaremos vão consolidar e ampliar um projeto vitorioso nas urnas por quatro eleições consecutivas e que estão ajudando a transformar o Brasil", discursou Dilma, ao abrir a reunião na Granja do Torto.

"Estamos diante da necessidade de promover um reequilíbrio fiscal para recuperar o crescimento da economia o mais rápido possível, criando condições para a queda da inflação e da taxa de juro no médio prazo, garantindo a geração de emprego e renda", prosseguiu a presidente.

De acordo com Dilma, as mudanças anunciadas pelo Palácio do Planalto "têm caráter corretivo" e são "estruturais". "Vamos adequar o seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte, auxílio-doença às novas condições socioeconômicas do país", assegurou. A presidente cobrou ainda dos ministros eficiência nos gastos.

Batalha

Ao falar da legislação trabalhista, Dilma pediu que os 39 ministros do governo "reajam aos boatos", "travem a batalha da comunicação" e "levem a posição do governo à opinião pública".

"Sejam claros, precisos, se façam entender, não podemos deixar dúvidas. Quando for dito que vamos acabar com as conquistas históricas dos trabalhadores, respondam em alto e bom som: 'Não é verdade. Os direitos trabalhistas são intocáveis e não será o nosso governo que irá revogá-los'", destacou.

Ao falar de energia elétrica, Dilma garantiu que o governo está tomando "todas as ações cabíveis" para o fornecimento de energia.

Petrobras

Sobre corrupção, Dilma prometeu que não irá transigir do compromisso com a "lisura do dinheiro público", do combate aos malfeitos e da atuação livre de órgãos como a Polícia Federal e o Ministério Público, repetindo o mesmo tom de discurso adotado na campanha eleitoral.

A petista destacou que a Petrobras já passava por um "rigoroso processo de fiscalização" interno, criando mecanismos de governança e controles mais eficientes quando o maior esquema de corrupção da história da estatal foi deflagrado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A presidente disse que o combate à corrupção na principal empresa brasileira não pode "prejudicar a economia e os empregos". "Seremos implacáveis na punição aos corruptores e aos corruptos", garantiu.

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