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Confira os númerios da pesquisa |
Confira os númerios da pesquisa| Foto:

Um dia depois de o Datafolha indicar cenário semelhante, pesquisa do instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), divulgada ontem, confirmou a redução da vantagem do governador de São Paulo, o tucano José Serra, sobre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na disputa pela sucessão de 2010: na pesquisa estimulada, a diferença era de 29,4 pontos porcentuais em março e caiu agora para 16,9 pontos. Já na pesquisa espontânea, quando o eleitor é convidado a citar candidatos de sua preferência sem que lhe seja mostrado nomes, pela primeira vez Serra e Dilma aparecem tecnicamente empatados. O tucano caiu de 8,8% em março para 5,7% em maio, enquanto Dilma subiu de 3,6% para 5,4%.

Apesar disso, na estimulada, mesmo tendo caído 5,3 pontos porcentuais, o tucano ainda tem quase o dobro das intenções de votos registradas para a ministra, que subiu 7,3 pontos porcentuais no mesmo período. Se a eleição fosse hoje, Serra teria 40,4% dos votos contra 23,5% para Dilma. Neste mesmo cenário, a ex-senadora Heloisa Helena (PSol-AL) ficaria em terceiro lugar com 10,7% dos votos. A diferença entre Serra e Dilma também caiu numa simulação de segundo turno, na qual o tucano aparece com 49,7% e a ministra com 28,7%.

"Esse seria o resultado da percepção mais clara do eleitorado de que Dilma é mesmo a candidata efetiva do PT. Os números também estariam sendo influenciados pelo aumento da aprovação do governo e do presidente Lula", avalia o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes.

Já Serra é conhecido por 94,9% dos eleitores, dos quais 63,2% admitem a possibilidade de votar nele. O paulista é ainda o que aparece com o menor índice de rejeição, de 25,9%, entre aqueles que o conhecem ou já ouviram falar nele. Entre os 72% que afirmam conhecer Dilma, 54,6% admitem votar na ministra, enquanto 32,4% dizem que não pretendem votar nela. De acordo com Guedes, essa rejeição ainda estaria dentro dos níveis aceitáveis.

Um dado que surpreendeu foi o aumento de eleitores que, na pesquisa espontânea, dizem que gostariam de votar em Lula: de 16,2% (em março) para 26,2% (neste mês). O resultado é atribuído tanto à melhoria da avaliação de seu governo, como também à retomada da discussão sobre um eventual terceiro mandato para o presidente.

Diante da percepção de metade dos brasileiros, ou 50,4%, de que o Brasil está lidando adequadamente com a crise financeira e de que o país poderá sair fortalecido dela, os índices de aprovação do governo e do presidente Lula voltaram a subir. De acordo com a pesquisa, a avaliação positiva do governo subiu de 62,4% em março passado para 69,8%, enquanto a aprovação do desempenho de Lula saiu de 76,2% para 81,5%, patamar próximo dos registrados em dezembro e janeiro.

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