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Gustavo Fruet: aliado do PT. | Antônio More/ Gazeta do Povo
Gustavo Fruet: aliado do PT.| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

"Acredito que a manifestação de Ideli não é uma regra absoluta. Mas, no geral, ela [Dilma] não deve se envolver, pois dá prioridade à administração."

Paulo Bernardo, ministro das Comunicações.

Os candidatos a prefeito que são aliados da presidente Dilma Roussef (PT) não devem contar com a presença dela nos palanques eleitorais. De acordo com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, Dilma não pretende participar do primeiro turno das eleições municipais. "A presidenta não está pensando em se envolver. Aliás, ela tem dito reiteradamente que a melhor maneira de ela ajudar nas eleições é o Brasil continuar bem", afirmou Ideli.

Em Curitiba, quem sai perdendo com a falta da presidente na campanha é Gustavo Fruet (PDT), coligado ao partido de Dilma nas eleições municipais. "Necessariamente, o candidato não vai perder votos com essa decisão, mas pode vir a não ganhar mais votos", aponta o cientista político Doacir Quadros, professor do Grupo Uninter.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Fruet afirmou que não iria comentar a declaração de Ideli. Um dos principais articuladores da aliança do PT com Fruet, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que não tinha conhecimento da decisão presidencial. "Acredito que a manifestação de Ideli não é uma regra absoluta. Mas, no geral, ela [Dilma] não deve se envolver, pois dá prioridade à administração", disse.

Outra campanha paranaense que pode sair prejudicada com a falta de Dilma é a da ex-ministra de Desenvolvimento Social Márcia Lopes (PT), que disputa a prefeitura de Londrina. "Já sabíamos dessa decisão. Cada município possui um arco de alianças diferente e a presidente está tendo cuidado para não ferir nenhum partido que possa ser de base do governo federal, mas de oposição nos municípios", afirmou Márcia, que disse que contará com o apoio de ministros e do ex-presidente Lula na campanha.

"Ela [Dilma] não pode [vir para a campanha], mas o Lula pode. Ele já assumiu o compromisso com o próprio Fruet de vir a Curitiba. E também deve ir a Maringá, Londrina, Cascavel e Ponta Grossa, em setembro", disse o presidente estadual do partido, o deputado estadual Ênio Verri, que também é candidato a prefeito em Maringá.

Ministros

De acordo com Ideli, os ministros estão liberados para atuar nas campanhas eleitorais, mas "fora do expediente". No Paraná, Paulo Bernardo e a sua mulher, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, já traçaram a estratégia para auxiliar as campanhas dos petistas e aliados pelo estado. "A ideia é que ela [Gleisi] participe dos atos públicos, pois é mais conhecida, e eu devo ajudar na organização das campanhas", contou o ministro.

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