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A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não cumprirá agenda oficial nos próximos dias. Ela está de folga até a manhã de quarta-feira (26) seguindo recomendações médicas.

Segundo a assessoria da ministra, desde a semana passada ela tem reduzido a carga de trabalho e em certos dias Dilma passou um dos períodos do dia despachando de sua casa.

No fim de junho, a ministra anunciou que havia encerrado o tratamento de quimioterapia para combater um câncer linfático. "É mais um percurso e um desafio superados." Dilma começou então a fazer sessões de radioterapia, a segunda fase do tratamento contra a doença.

Auxiliares da ministra argumentaram que após um período de forte trabalho em projetos como o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" e o novo marco regulatório do pré-sal, ela decidiu pegar uns dias de folga para renovar as energias.

Na quinta-feira (27), ela e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, devem apresentar aos membros do Conselho Econômico de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), conhecido como Conselhão, as novas regras para exploração de petróleo na camada pré-sal.

Lina X Dilma

A ministra está no centro de um briga entre oposição e governo no Congresso. A oposição tenta provar que realmente houve um suposto encontro de Dilma com a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira.

No encontro, que a ministra nega ter ocorrido, Dilma teria pedido à ex-secretária que agilizasse a investigação que a Receita sobre as empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Lina disse ter interpretado como um pedido para encerrar as investigações.

A Câmara chegou a pedir imagens do vídeo de segurança do Palácio do Planalto para tentar comprovar que o encontro, que teria acontecido no fim do ano passado, ocorreu. Na sexta-feira (21), o Gabinete Segurança Instucional respondeu que as imagens das câmeras de segurança do Planalto são guardadas por 30 dias, e portanto, não existem mais. Senadores de oposição querem que a ex-secretária passe por uma acareação com Dilma. Durante o depoimento que deu na terça-feira (18) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, ela disse que aceitava a aceração.

Na quarta-feira (19), o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), ironizou a proposta de acareação. "Eles (a oposição) querem a televisão. O negócio deles é aparecer. Narciso acha feio tudo que não é espelho", provocou.

No depoimento à CCJ, a ex-secretária da Receita Federal apresentou detalhes do suposto encontro secreto com Dilma Rousseff, mas negou que a ministra tenha tentado influenciar no resultado de investigações do órgão sobre os negócios do filho de José Sarney.

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