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Brasília - Pela segunda vez desde que foi lançada como candidata à Pre­­sidência da República pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-ministra Dilma Rousseff aparece à frente na pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. Dilma teria 35,7% das intenções de voto contra 33,2% do ex-governdor paulista de José Serra (PSDB). A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou menos. O resultado configura empate técnico.

Em uma segunda simulação feita pelo Sensus, desta vez sem os "nanicos", Serra tem 37,8%, enquanto a petista ficou com 37% das intenções, também empatados tecnicamente.

Segundo o secretário nacional de comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR), o crescimento de Dilma na pesquisa se deve ao fato de a ex-ministra estar se tornando mais conhecida pela população. "Além disso, ela é a candidata do presidente Lula e tem qualidades. É a candidata da situação, que vai manter a política de Lula e fazer avanços."

O petista afirmou ainda que Dilma tem recebido votos de eleitores de Ciro Gomes (PSB), que desistiu de disputar a Presidência. "A pesquisa contesta sistematicamente analistas de plantão, que avaliavam que Ciro transferiria votos para Serra. A tese não se confirma. Tenho certeza que os votos do Ciro vão migrar para Dilma."

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vacca­­­­rez­­za (PT-SP), comemorou ontem a pesquisa. "O dado é consistente: à medida que as pessoas conhecem Dilma, veem que ela é a única candidata que vai consolidar e aprofundar as políticas do presidente Lula", argumentou.

Dilma comentou ontem sua disparada nas pesquisas de intenção de voto com muitos sorrisos, um novo penteado alto e "sapato baixo". O visual novo – um corte repicado moderno e quase loiro – foi um dos pontos altos na gravação do programa do Ratinho (SBT) ontem. O apresentador se desfez em elogios, mas quis saber se o aspecto alegre da petista se devia ao resultado "entusiasmante" das recentes pesquisas eleitorais. "Ninguém vence eleição subindo em salto alto, e a pesquisa é um indicador do momento. Ób­­vio que eu considero importante ter saído de uma posição bem modesta lá trás e hoje estar numa situação, num nível que as pesquisas revelam, que é um nível significativo."

Oposição

O deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA) avaliou que era previsível neste mês que Dilma Rousseff diminuísse a vantagem nas pesquisas de intenção em relação ao tucano Serra. "Este foi o momento da campanha máxima de divulgação televisiva e de rádio do PT e do governo", afirmou.

Para o deputado Paulo Bor­­­nhau­­­sen (SC), líder do DEM na Câmara, é preciso esperar o resultado de outras duas pesquisas para se fazer uma análise da situação. Bornhausen avaliou que não houve nos últimos 30 dias alguma situação que explicasse a subida ou a queda de um candidato. Para ele, Serra mantém vantagem sobre Dilma.

Para os entrevistados, a petista representa, para a maioria dos eleitores (54,6%), a continuidade das políticas econômicas e sociais do governo Lula.

Numa eventual disputa entre Dilma e Serra em segundo turno, a pesquisa mostra a petista com 41,8% contra 40,5% do tucano. Dilma também aparece em primeiro lugar na pesquisa espontânea (sem a lista dos candidatos).

A pesquisa foi feita entre os dias 10 e 14 de maio, em meio à veiculação do programa eleitoral do PT e de inserções do partido em cadeia nacional de rádio e tevê. Porém o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, disse não acreditar que a ênfase a Dilma no programa petista tenha influenciado os resultados.

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