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A presidente Dilma Rousseff fez nesta quarta-feira sua primeira visita ao Haiti e prometeu ajudar o país, o mais pobre das Américas, a se desenvolver economicamente. Para tanto, Dilma afirmou que promoverá um fórum com empresários brasileiros e os incentivará a investir no país caribenho, devastado pelo terremoto de janeiro de 2010, que matou cerca de 250 mil pessoas e destruiu o pouco de infraestrutura que havia, além da maioria das casas e prédios públicos.

Dilma também disse que a emissão de visto de permanência para haitianos, que o governo brasileiro anunciou no mês passado, tem como objetivo evitar os coiotes, que trazem haitianos ao Brasil, cobrando caro e sem segurança.

Antes que Dilma tocasse no assunto da migração dos haitianos, o próprio presidente Michel Martelly disse que os dois países discutem um acordo para acabar com o tráfico de pessoas.

"Vamos começar uma negociação de um acordo migratório com o Brasil para acabar com o tráfico de compatriotas pelas fronteiras e o espetáculo de haitianos ambulantes pelas ruas e os lugares públicos em certas vilas", lembrou ele.

Para a presidente, é preciso divulgar as novas medidas para concessão de visto aos haitianos como forma de alertar a população a não se deixar explorar pelos coiotes. De acordo com Dilma, o Brasil está tentando criar condições de vida melhor para os haitianos no próprio Haiti. Mas observou que o Brasil recebe a todos de braços abertos, como é praxe na nossa cultura.

"Neste processo, devemos combater as redes criminosas, os chamados coiotes, que se aproveitam da vulnerabilidade dos haitianos e de suas famílias, submetendo-os a situações degradantes, além de explorá-los, cobrando taxas escorchantes", afirmou ela.

"Vamos garantir acesso ao nosso país com segurança e dignidade para os haitianos que escolheram nosso país para viver e, ao mesmo tempo, combater o tráfico de pessoas."

O Brasil anunciou que irá conceder, mensalmente, 100 vistos para haitianos que queiram migrar.

Isso não inclui, porém, aqueles que já têm família no Brasil. "Podemos receber até 1.200 famílias por ano", disse ela.

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