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Palácio do Planalto

Dilma quer “total controle” sobre time econômico

A presidente eleita deve divulgar hoje os nomes de Alexandre Tombini, para o Banco Central, e Miriam Belchior, para o Planejamento

*Nome:Alexandre Tombini*Idade:46 anos*Formação:Bacharelado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e Ph.D. em Economia pela Universidade de Illinois, Urbana Champaign (EUA).*Ligações políticas:Funcionário de carreira do Banco Central.*Cargos ocupados:Iniciou sua carreira no BC como consultor em 1998 e no ano seguinte assumiu a chefia do Departamento de Estudos e Pesquisas. Na instituição passou também pelas diretorias de Assuntos Internacionais e Estudos Especiais. Também foi assessor sênior do diretor executivo e membro da Diretoria Executiva do Escritório da Representação Brasileira no Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. |
*Nome:Alexandre Tombini*Idade:46 anos*Formação:Bacharelado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e Ph.D. em Economia pela Universidade de Illinois, Urbana Champaign (EUA).*Ligações políticas:Funcionário de carreira do Banco Central.*Cargos ocupados:Iniciou sua carreira no BC como consultor em 1998 e no ano seguinte assumiu a chefia do Departamento de Estudos e Pesquisas. Na instituição passou também pelas diretorias de Assuntos Internacionais e Estudos Especiais. Também foi assessor sênior do diretor executivo e membro da Diretoria Executiva do Escritório da Representação Brasileira no Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. (Foto: )
Nome:Guido MantegaIdade:61 anos*Formação:É formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), com especialização em Sociologia pelo Institute of Development Studies (IDS) da Universidade de Sussex, Inglaterra, e doutorado em Sociologia do Desenvolvimento pela USP.*Ligações políticas:Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT)*Cargos ocupados:Atual ministro da Fazenda. Durante o governo Lula também ocupou o Ministério do Planejamento e a presidência do BNDES. Trabalha desde 1993 como assessor econômico de Lula, tendo sido um dos coordenadores do programa econômico do PT na eleição de 2002 |

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Nome:Guido MantegaIdade:61 anos*Formação:É formado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), com especialização em Sociologia pelo Institute of Development Studies (IDS) da Universidade de Sussex, Inglaterra, e doutorado em Sociologia do Desenvolvimento pela USP.*Ligações políticas:Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT)*Cargos ocupados:Atual ministro da Fazenda. Durante o governo Lula também ocupou o Ministério do Planejamento e a presidência do BNDES. Trabalha desde 1993 como assessor econômico de Lula, tendo sido um dos coordenadores do programa econômico do PT na eleição de 2002

*Nome:Miriam Belchior*Idade:44 anos*Formação:Engenheira de alimentos formada pela Universidade de Campinas (Unicamp), com mestrado em Administração Pública e Governamental da Escola de Administração de Companhias de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV)*Ligações políticas:ex-mulher do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), assassinado em 2002.*Cargos ocupados:Fez parte da equipe de transição e passou pela assessoria especial do presidente Lula. Atualmente é a subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil. Foi secretária de Administração e Modernização Administrativa e secretária de Inclusão Social e Habitação pela prefeitura de Santo André |

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*Nome:Miriam Belchior*Idade:44 anos*Formação:Engenheira de alimentos formada pela Universidade de Campinas (Unicamp), com mestrado em Administração Pública e Governamental da Escola de Administração de Companhias de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV)*Ligações políticas:ex-mulher do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), assassinado em 2002.*Cargos ocupados:Fez parte da equipe de transição e passou pela assessoria especial do presidente Lula. Atualmente é a subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil. Foi secretária de Administração e Modernização Administrativa e secretária de Inclusão Social e Habitação pela prefeitura de Santo André

A presidente eleita, Dilma Rousseff, montou uma equipe econômica para ditar e ter mais influên­­cia sobre os rumos da economia do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Definiu seu time com nomes do próprio governo. Nas palavras de um assessor, ela optou por uma equipe sobre a qual terá "total controle": Guido Mantega (Fazenda), Alexandre Tombini (Banco Central) e Miriam Belchior (Planejamento), cujos nomes serão divulgados hoje como os primeiros de seu futuro ministério.

Dilma decidiu manter Mantega sob a condição de fazer mudanças na equipe da Fazenda. Promoveu Tombini a presidente do BC, quebrando a tradição de requisitar nomes do mercado financeiro. E pagou uma dívida com Miriam Belchior – técnica da confiança do presidente Lula –, gerente do Programa de Aceleração do Cres­ci­mento (PAC), mas que nunca havia chegado ao primeiro escalão.

Dilma pretende controlar de perto tanto a Fazenda quanto o Banco Central. Por isso manterá o status de ministro do presidente do BC, para que a interlocução com o banco continue direta com o Palácio do Planalto.

O perfil da equipe de Dilma, mais desenvolvimentista, difere do primeiro time escalado pelo presidente Lula, que optou pelo caminho ortodoxo, com Antonio Palocci (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central).

No segundo mandato, com a queda de Palocci depois do escândalo da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa, Lula escolheu um ministro com um perfil menos conservador, Guido Mantega, mantido por Dilma. Segurou, porém, Henrique Meirelles durante todo seu mandato no BC e chegou a defender sua permanência.

A presidente eleita, porém, sempre quis trocar Meirelles, o que gerou dúvidas no mercado sobre como seria a condução da política monetária. A opção por Tombini, que agrada tanto ao mercado como à equipe de Mantega, é um meio termo.

Mantega foi o primeiro dos três a ser convidado por Dilma. Não era seu nome preferido para comandar a pasta. A presidente eleita queria o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Atendeu, contudo, a um pedido do presidente Lula. Antes, porém, acertou com o atual ministro da Fazenda trocas em sua equipe. Ela quer uma pessoa de sua confiança no comando da Receita Federal, que tanto lhe deu dor de cabeça durante o governo Lula e na campanha eleitoral.

Tombini foi o último dos três a ser confirmado na equipe econômica. Atual diretor de Normas do BC, sua indicação interrompe a série de presidentes vindos do mercado durante os governos Fer­­nando Henrique e Lula. Apesar de ser um nome desconhecido do público em geral, ele já ocupou cargos relevantes nos governos Itamar Franco, FHC e Lula.

Tombini é bem visto tanto pelo presidente do BC de Lula, Henrique Meirelles, quanto por nomes que ocupavam o cargo durante o governo FHC. No mercado, também é aceito. A presidente eleita fez o convite ontem, pessoalmente, antes mesmo de se reunir com Meirelles, atual chefe do Banco Central e há oito anos no cargo, o mais longevo titular da instituição.

Dilma, que desde a época em que era ministra da Casa Civil defendia a saída de Meirelles, encontrou a fórmula para rifá-lo e escapar das pressões de Lula quando o atual presidente do BC vazou para a imprensa que impunha condições para se manter no cargo.

Irritada, criou um ambiente que inviabilizou as tentativas de Meirelles para ficar. Seu futuro na Esplanada dependerá da eleita e de seu partido, o PMDB.

Primeira mulher

Segunda do time a ser chamada, Miriam Belchior será, no Planejamento, a primeira mulher no coração da equipe econômica desde Zélia Cardoso de Mello, a única ministra da Fazenda da história brasileira.

Belchior era a preferida de Lula para suceder Dilma na Casa Civil, mas perdeu a disputa para Erenice Guerra por indicação da própria Dilma. Agora, a presidente eleita paga uma dívida com Belchior, escolhida para ser a gerente de obras do futuro governo.

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