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A presidente Dilma Rousseff recebeu para uma reunião, na noite desta segunda-feira (3), os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), além do vice-presidente Michel Temer, também do PMDB. Sobre o tema da reunião, o Palácio do Planalto apenas informa que se trata de uma "reunião institucional". Temer, Renan e Alves articularam o encontro para expor os problemas do que chamam de desarticulação política do governo dentro do Congresso.

A principal proposta dos peemedebistas é que Dilma receba a cada quinze dias os chefes do Senado e da Câmara e lideranças do Congresso. O objetivo é que se crie um canal de comunicação entre eles e a presidente, sem a intermediação de ministros.

O excesso do uso de medidas provisórias (MP) pelo Executivo é um dos assuntos espinhosos para o governo. Nesta segunda-feira vence a MP 605, que tratava sobre os mecanismos para garantir a redução das contas de luz, que deixou de ser votada pelo Senado por ter sido recebida com menos de sete dias para debate na Casa, após aprovação na Câmara. Parlamentares avaliam que parte significativa das medidas que o governo tem enviado ao Congresso poderiam ter sido feitas como projeto de lei com urgência constitucional - que também tem prazo para ser votado, mas só entra em vigor após sua aprovação.

Antes de levarem os pleitos a Dilma, Temer e Renan receberam durante todo o dia caciques peemedebistas no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, como o líder na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-líder do governo no Senado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

No dia 25 de maio, em visita oficial à Etiópia para participar das celebrações dos 50 anos da União Africana, a própria Dilma reconheceu que a relação com o PMDB tem "flutuações".

"Nós não vemos nenhum problema nas relações com o PMDB. Nenhum. Há flutuações, né? Porque também há interesses momentâneos desse ou daquele segmento", comentou a presidente na ocasião. Questionada se os episódios de atrito seriam pontuais, Dilma respondeu: "São. E não são significantes, do ponto de vista da qualidade da aliança com o PMDB."

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