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A presidente Dilma Rousseff não aceitou a proposta negociada entre aliados e oposição no Congresso de prorrogar a Desvinculação das Receitas da União (DRU) por apenas dois anos e não os quatro anos defendidos pelo governo. Sem acordo, os líderes da base não acreditam que a votação da emenda constitucional, em primeiro turno, seja concluída até a madrugada desta quarta-feira. Em troca da redução do prazo de vigência da DRU, os deputados aprovariam a emenda em rito sumário em primeiro e segundo turnos até a quarta-feira.

A oposição anunciou que tentará impedir a votação, usando todos os instrumentos regimentais de obstrução. A base terá de permanecer no plenário da Câmara se quiser atender à presidente e votar a DRU. "A presidente está preocupada com a repercussão da crise internacional no Brasil. E dois anos é pouco; a DRU é um instrumento importante de gestão fiscal e orçamentária em um cenário de crise", argumentou o relator da proposta, deputado Odair Cunha (PT-MG). "Para a oposição, os quatro anos para a DRU são inaceitáveis", reagiu o líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reconheceu que dificilmente a votação da proposta, em primeiro turno, será concluída nesta terça-feira. "É difícil concluir hoje. O Senado terá que quebrar interstícios (prazo entre primeiro e segundo turno)", disse Vaccarezza. A previsão é que a votação do texto principal ocorra por volta da meia noite.

Em conversas reservadas, os líderes da base criticaram a posição da presidente Dilma de não aceitar os dois anos de vigência para a DRU. Os aliados consideraram um "erro" e preveem que a presidente terá de fazer um acordo durante a madrugada ou dia de amanhã se quiser ter a DRU aprovada este ano.

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