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A presidente Dilma Rousseff recebeu em seu gabinete na noite da última terça-feira(16) líderes do PDT, PCdoB e PSB na Câmara e no Senado para tentar construir um clima de cordialidade com os aliados. "Dilma afirmou que não fugirá a seus compromissos com o País, com os partidos políticos e os parlamentares", relatou o líder do PSB no Senado, Antonio Carlos Valadares (SE).

Segundo Valadares, Dilma afirmou que cumprirá os acordos pactuados com as bancadas em relação à liberação das emendas individuais. Na terça a presidente anunciou a liberação imediata de uma primeira parcela no valor de R$ 1 bilhão relativas às emendas individuais. Os parlamentares reivindicam a liberação de mais de R$ 5 bilhões em emendas, valor que se viu contingenciado devido ao esforço fiscal do governo.

O líder do PDT na Câmara, deputado Giovanni Queiroz (PA), disse que se surpreendeu com a gentileza e cordialidade da presidente, que serviu caldo verde, salgados e refrigerantes aos parlamentares. O pedetista acrescentou que a presidente fez um relato sobre a conjuntura econômica mundial e afirmou que a atual crise financeira mundial deverá atingir o Brasil, mas com menos força que a crise de 2008, porque o País está "mais preparado" para enfrentá-la. Os parlamentares reclamaram da política de juros altos do governo, mas Dilma apenas ouviu as queixas, não se pronunciando sobre o assunto.

No momento em que Dilma se reunia com PDT, PCdoB e PSB, o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), ocupava a tribuna para declarar o desligamento da sigla da base aliada ao governo no Congresso. No entanto, segundo Valadares e Queiroz, a saída do PR do governo não teria sido comentada na reunião.

Na segunda-feira, Dilma reuniu-se com lideranças do PMDB e do PT. Nesta quarta-feira (17) ela almoçou com lideranças do PP, PTB e PRB. Dilma segue a receita de governabilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promovendo encontros e liberando emendas para pacificar a base. Nas últimas semanas, aliados obstruíram votações na Câmara e ameaçaram apoiar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) contra o governo.

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