
A presidente Dilma Rousseff mexeu na estrutura do conselho da Itaipu Binacional, o que respingou na política local. Filho do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB), Orlando Moisés Fischer Pessuti foi exonerado da função de conselheiro de acordo com decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (3). Será substituído na função por Maurício Requião de Mello e Silva, irmão do senador Roberto Requião (PMDB). Também foi exonerado, segundo o DOU, Luiz Pinguelli Rosa – dará lugar a Roberto Amaral, ex-presidente e fundador do PSB. A nomeação vale até té 16 de maio de 2016.
A nomeação de Maurício Requião não deixa de ser uma surpresa, já que o ex-secretário estadual da Educação segue reivindicando na Justiça uma caga como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR). Ele tenta retomar o posto desde 2009, quando a Justiça considerou que sua nomeação caracterizava nepotismo por ser irmão do senador Roberto Requião, então governador do estado.
Apoio a Dilma
Roberto Requião apoiou a reeleição de Dilma no ano passado.Fez campanha para voltar a ser governador do Paraná no ano passado. Na reta final do primeiro turno, o senador do PMDB chegou a receber o apoio velado da campanha de Dilma – o PT tinha candidato, a ex-ministra Gleisi Hoffmann. Mesmo assim, o governador Beto Richa (PSDB) foi reeleito em primeiro turno, Requião ficou em segundo lugar e Gleisi, em terceiro.
No Senado, Requião tem dado apoio “crítico” ao governo Dilma. Ele foi um dos que subscreveram um manifesto que defende a mudança da política econômica do governo e votou contra a Medida Provisória 665, que restringiu as regras de acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, mas foi a favor da MP 664, que trata da pensão por morte e que foi incluída a proposta alternativa para acabar com o fim do fator previdenciário. Por outro lado, o peemedebista foi um dos principais entusiastas no partido da indicação do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal, ciceroneando o candidato pelo Senado.
Amaral
Fundador e ex-presidente do PSB Roberto Amaral afirmou, após o primeiro turno da eleição presidencial, que o PSB havia traído a luta do ex-presidenciável da legenda Eduardo Campos - morto em acidente de aéreo em agosto passado - quando apoiou a candidatura do tucano Aécio Neves. Ex-ministro de Lula, ele é um dos críticos da ação independente do PSB e defende nos bastidores que o partido volte para a base aliada de Dilma.



