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Brasília - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, ultrapassou o tucano José Serra pela primeira vez na pesquisa CNI/Ibope. Segundo o levantamento divulgado ontem, Dilma aparece com 40% das intenções de votos, Serra com 35% e Marina Silva (PV) com 9%. Em um eventual segundo turno contra Serra, Dilma teria 45% das intenções de voto, contra 38% do ex-governador paulista. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

A poucas semanas do início da campanha eleitoral – 6 de julho – Dilma aparece com a menor rejeição entre os 3 principais concorrentes (23%), de acordo com o Ibope. Serra tem 30%. E Marina, 29%.

O crescimento da petista nas pesquisas está ligada ao alto índice de aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (75%) e ao aquecimento da economia brasileira. Mas a pesquisa mostra que caiu a taxa da preferência de voto em um candidato apoiado pelo presidente Lula. Hoje ela é de 48% do eleitorado contra 53% em março. A aprovação pessoal de Lula subiu de 83% em março para 85% em junho, atingindo recorde para a série histórica.

Repercussão

José Serra não quis comentar a pesquisa. Informado sobre os números da mostra por jornalistas, respondeu apenas: "Eu não vi." Desde que Dilma passou a crescer nas pesquisas, Serra deixou de comentar os levantamentos. Antes, quando liderava as intenções de voto, o tucano sempre fazia questão de agradecer a "lembrança de seu nome" pelos eleitores.

Os tucanos que comentaram a pesquisa tiveram opiniões divergentes. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), considerou a ultrapassagem uma "oscilação natural" dos números. "Nessa fase, as pesquisas não me deixam seguro, como quando Serra estava na frente. Nem me deixam inseguro, agora que a vantagem sorri para a adversária", afirmou.

Já o presidente nacional do PSDB e coordenador da campanha de Serra, Sérgio Guerra (PE), se disse surpreso com o resultado. "O resultado nos surpreende e não é consistente com outros levantamentos. Mas o fato concreto é que nós devemos refletir", disse.

Os petistas e aliados comemoraram os números. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que a pesquisa revela que Dilma Rousseff cresce à medida que se torna mais conhecida da população. O líder ressaltou que é cedo para fazer previsões definitivas, mas enfatizou que é fato que, cada vez que a população conhece Dilma, compara com o candidato tucano José Serra e escolhe a petista como a "única que pode consolidar e aprofundar as conquistas do presidente Lula".

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), observou que Dilma já superou a média de 25% a 30% das intenções de votos que os analistas, tradicionalmente, atribuem como porcentual máximo de votos no PT.

Mas Jucá ressalvou que é cedo para falar em vitória: "Será uma eleição dura", advertiu. Assim como os tucanos, ele acha que a campanha só começa de verdade quando entrar no ar o horário eleitoral gratuito. "A campanha vai acontecer, mesmo, na televisão, quando os programas mostrarem os números do avanço do Brasil. E quando o presidente Lula pedir votos para Dilma", afirmou Jucá.

O comando da campanha de Serra esperava que o tucano retomasse a dianteira das pesquisas após os programas do DEM, PSDB e PTB que ele protagonizou nas últimas semanas, exibidos em cadeia de rádio e tevê, além das inserções de 30 segundos nos intervalos da programação.

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