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A presidente Dilma Rousseff passeia na Praça da Liberdade, Belo Horizonte. Ela foi à cidade para inaugurar o Centro Cultural Banco do Brasil | Roberto Stuckert Filho / Presidência da República / Divulgação
A presidente Dilma Rousseff passeia na Praça da Liberdade, Belo Horizonte. Ela foi à cidade para inaugurar o Centro Cultural Banco do Brasil| Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência da República / Divulgação

Dilma comete gafe ao trocar capital mineira por gaúcha

Criticada pela oposição, principalmente pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), por ter assumido sua "mineiridade" apenas na campanha eleitoral de 2010, a presidente Dilma Rousseff cometeu uma gafe em evento oficial em Belo Horizonte nesta terça-feira (27). Ao cumprimentar as autoridades presentes na formatura de alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), Dilma trocou a capital mineira, onde nasceu, pela gaúcha, onde fez carreira.

"Queria cumprimentar nosso prefeito de Porto Alegre, Marcio Lacerda", disse, para visível embaraço do chefe do Executivo de Belo Horizonte, filiado ao PSB. Nos mais de 24 minutos do discurso, a presidente não corrigiu o deslize e apenas ao terminar sua fala deu um abraço no socialista.

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Acusada pelo senador Aécio Neves (PSDB) de "requentar promessas" nas últimas vezes em que esteve em Minas Gerais, a presidente Dilma Rousseff voltou ao Estado nesta terça-feira (27), desta vez para inaugurar um centro cultural que integra projeto idealizado pelo seu oponente tucano. O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), obra de R$ 37 milhões, compõe um projeto "xodó" de Aécio, que começou a sair do papel em sua primeira gestão como governador de Minas (2003-2006).

O Circuito Cultural Praça da Liberdade possui atualmente no seu entorno nove espaços culturais, a maioria museus. Como Banco do Brasil e UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) participam do projeto, Dilma citou o papel do governo federal na parceria e elogiou a iniciativa. "A parceria do governo de Minas Gerais e o governo federal, por meio do BB e da UFMG, e das empresas privadas, tenho certeza que vai transformar essa praça em um dos maiores complexos culturais do Brasil", disse.Ao discursar, Dilma não perdeu a oportunidade de criticar o presidente nacional do PSDB de forma indireta.Foi quando ela citava o fato de ser uma mineira que se mudou ainda na juventude para Porto Alegre, onde fez carreira política.

"Acho interessante falar em "nós mineiros', porque a ditadura me tirou de Minas Gerais. E aí eu fui acolhida no Rio Grande do Sul. Aqui em Minas Gerais tem algumas pessoas que dizem que não sou mineira. Agora, lá no Rio Grande do Sul, também as pessoas que não gostam de mim dizem que eu não sou gaúcha", afirmou."Que eu não sou gaúcha acho que fica um pouco óbvio porque ninguém fala 'ocê' no Rio Grande do Sul nem fala 'uai'. Mas também eu já misturei um pouco porque eu falo 'barbaridade'. Então eu sou essa mistura, mas essa mistura tem um ponto de partida que é essa praça da Liberdade", completou.Na campanha eleitoral do ano passado, Aécio não gostou da interferência direta de Dilma na disputa belo-horizontina, porque ela ajudou a levar o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab a apoiar o PT.Aécio deu várias declarações à época questionando a "mineiridade" da presidente, inclusive lembrando o fato de Dilma não ter título eleitoral no Estado.Foi a terceira visita de Dilma a Minas em apenas 20 dias. A presidente intensificou sua agenda no Estado de olho na disputa eleitoral de 2014, onde possivelmente terá Aécio como concorrente.

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