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O diretor afastado do Dnit, Luiz Antônio Pagot, durante audiência em comissão da Câmara em 13 de julho | Agência Câmara
O diretor afastado do Dnit, Luiz Antônio Pagot, durante audiência em comissão da Câmara em 13 de julho| Foto: Agência Câmara

No centro de uma série de denúncias de superfaturamento em obras do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), o diretor afastado do órgão, Luiz Antônio Pagot, disse ao G1 nesta segunda-feira (18) que é alvo de uma ação "orquestrada" que contaria, inclusive, com o monitoramento dos telefones celulares dele. O suposto grampo foi apontado por Pagot na semana passada durante audiência pública na Câmara dos Deputados.

Sem explicar os motivos que justificariam suas desconfianças e sem explicar, de fato, o que seria a "ação orquestrada", Pagot limitou-se a dizer que está "reunindo fatos" e conversando com advogados para se "movimentar" a partir desta terça (19).

"Estou reunindo os fatos e devo começar a me movimentar amanhã [terça]. Já conversei com meus advogados, vou conversar de novo amanhã e vou começar a me movimentar. O que está acontecendo é uma coisa orquestrada", disse Pagot ao ser perguntado sobre o suposto monitoramento. Pagot afirmou ainda que voltará a falar "no momento certo".

Pagot foi afastado do órgão junto com a cúpula do Ministério dos Transportes após denúncia de superfaturamento em obras do ministério publicada pela revista "Veja". Ele está de férias, mas não deve voltar a comandar o órgão, conforme já afirmou o Palácio do Planalto. Ao ser perguntado sobre se Pagot deixaria a função ao retornar, o ministro dos Transportes afirmou, ao tomar posse, que a decisão é da presidente Dilma Rousseff.

Depoimento no Congresso

Depois de prestar esclarecimentos no Congresso, na semana passada, Pagot revelou ter suspeitas de que seus telefones celulares estariam sendo monitorados há pelo menos dois anos e meio.

Em audiência pública, Pagot disse que ouviu do homem relatos de ligações que ele fez para prefeitos e familiares. Diante da precisão das informações relatadas pelo homem, Pagot disse que recorreria à Polícia Federal para investigar a origem da ligação anônima que recebeu e certificar se ele está, de fato, sendo monitorado. No Congresso, o diretor afastado do Dnit disse não ter conseguido identificar o homem que telefonou para ele.

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