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O diretor-geral do Google no Brasil, Fabio José Silva Coelho, foi detido ontem em São Paulo pela Polícia Federal por não cumprir ordem do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul (TRE-MS). O mandado foi expedido porque o YouTube, site de vídeos do Google, não acatou decisões judiciais que determinavam a exclusão de ví­deos com ataques ao candidato do PP a prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal. O executivo foi liberado ontem à noite, após assinar um termo circunstanciado de ocorrência em que se comprometeu a comparecer à Justiça quando for solicitado.

A ordem de prisão foi dada no final da semana passada pelo juiz eleitoral Flávio Saad Peron. O Google recorreu, mas a decisão foi mantida. Na tarde de ontem, o próprio Peron expediu alvará de soltura por considerar esse um crime de "menor potencial ofensivo".

A notícia da prisão do diretor-geral do Google repercutiu em todo o mundo, divulgada por sites da CNN, BBC e The New York Times. Procurado ontem, Peron defendeu a sua decisão. "O Google não deve se servir a este tipo de papel, a prática do crime de cunho eleitoral. Tem que ter liberdade, mas na medida em que você abusa deixa de ser exercício regular de expressão e passa a ser abuso", disse.

O Google não quis se pronunciar sobre o caso ontem. No início da semana, quando anunciou que recorreria da decisão para a retirada dos vídeos, a empresa disse que, "em sendo uma plataforma, o Google não é responsável pelo conteúdo postado em seu site".

Fora do ar

A Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul também determinou a suspensão, por 24 horas, do Google e do YouTube no estado. A Embratel, citada na decisão, informou que irá cumprir a determinação, o que não havia ocorrido até às 21h de ontem. Um dos dois vídeos mencionados na ação já foi retirado do ar. No entanto, cópia publicada por outro usuário ainda podia ser acessada.

Os vídeos trazem cópias de supostos documentos da Justiça e associam o candidato à prática de aborto e violência doméstica, entre outras acusações. "Não posso permitir que gente mal intencionada, agindo criminosamente, use o Google e o YouTube para fazer campanhas difamatórias contra pessoas que estão trabalhando", afirmou o candidato do PP, que nega as acusações dos vídeos.

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