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Integrantes das direções estaduais do PCdoB e do PT do estado acompanharam em Reserva, ontem, o velório e enterro de Nelson Renato Vosniak, que presidia o partido comunista na cidade. Eles pedem punição imediata do presidente da Câmara de Vereadores, Flávio Hornung Neto (PMDB), que confessou o crime à polícia, mas foi liberado após o depoimento.

O presidente do PCdoB do Paraná, Milton Alves, disse que a disputa política local era muito acirrada e que depois das eleições de 2004, quando o irmão de Nelson, Luís Carlos Vosniak, concorreu a prefeito com Frederico Hornung – que foi o eleito, a cidade continuou com clima de disputa eleitoral.

Alves está acionando a bancada federal do partido para pedir o acompanhamento da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal no andamento do caso, inclusive para tentar evitar que casos parecidos voltem a ocorrer em Reserva "Nelson era muito aguerrido, estava fazendo um trabalho muito bom na cidade", diz Alves.

O presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, dirigente estadual do PCdoB, foi quem aproximou Nelson do partido. Gomyde é de Ibaiti, cidade próxima de Reserva, e os dois mantinham uma relação política e pessoal antes de Nelson entrar para o partido. "Falei quatro vezes com Nelson no domingo antes do assassinato. Ele estava contente com a repercussão da entrevista concedida para a Gazeta do Povo. Já havia comentado que em Reserva tinha um pessoal perigoso que poderia matá-lo, mas não achei que isso realmente pudesse acontecer. Era uma pessoa que vivia a política intensamente e acreditava no que fazia", diz Gomyde.

O presidente do diretório estadual do PT, André Vargas, conversou com o secretário da Segurança, Luís Fernando Delazari, para pedir uma ação enérgica da polícia no caso. "Tenho certeza que não é pelo fato do assassino ser do PMDB que ele vai ser protegido", disse Vargas. O petista diz que Luis Vosniak também já recebeu ameaças de famílias que disputam o poder político local há 50 anos. "Não podemos aceitar esse jeito truculento de fazer política, esse coronelismo", diz Vargas. André Vargas e o ministro da Fazenda, Paulo Bernardo, chegaram a participar em 2004 de comícios na cidade em apoio a Luís.

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