A disputa entre o Opportunity e as fundações é apenas mais um capítulo da longa e complexa história das aplicações conjuntas na privatização de dois fundos de investimento criados em 1997, e administrados até recentemente pelo Opportunity. Um dos fundos é internacional, e tem como principal sócio o Citigroup. O outro é nacional, e tem como cotistas um conjunto de grandes fundos de pensão de estatais, liderados pela Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica) e Petros (Petrobras). As três fundações têm patrimônio superior a R$ 110 bilhões.
A partir de 1998, aqueles dois fundos de investimentos adquiriram, no processo de privatização, controle da Brasil Telecom, Telemig Celular, Amazônia Celular, Metrô do Rio, Santos Brasil (terminal no Porto de Santos), além de participações minoritárias na Companhia de Saneamento do Estado do Paraná (Sanepar) e Telemar.
Mais tarde, outros sócios entraram em algumas daquelas empresas, como a Telecom Italia no caso da Brasil Telecom. Os fundos foram organizados de tal forma que o Opportunity, mesmo com uma participação ínfima no capital da empresa, detinha o poder de controlar sua gestão, por meio de estruturas societárias complexas e uma teia de acordos. Desde os primeiros anos, Dantas enfiou-se em uma série interminável de conflitos complicadíssimos com praticamente todos os seus sócios.
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