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O presidente do PMDB municipal e assessor especial do governo do estado para assuntos de Curitiba, Doático Santos, será novamente convidado a prestar depoimento na comissão parlamentar de inquérito (CPI), na Câmara Municipal de Curitiba, que investiga as ocupações irregulares na capital. Doático foi apontado pela líder comunitária Fátima Freitas, em reunião da CPI na última segunda-feira, como o mentor da invasão de 220 famílias em três terrenos do bairro Santa Quitéria, no dia 23 de fevereiro. Assim como reagiu ao primeiro convite, o assessor afirmou ontem que não irá à CPI. "Já disse que não irei. Se querem conversar comigo, vamos conversar em público", diz Doático. Ele considera o trabalho dos vereadores uma "CPI encomendada pela oposição".

O presidente da comissão, vereador Tico Kuzma (PPS), afirmou que Doático receberá novamente o convite. A Câmara só pode convocar diretamente os profissionais da administração pública municipal. Segundo Kuzma, como ocorreram cinco invasões em Curitiba em apenas dois meses deste ano, o objetivo da CPI é apurar se há "profissionais em invasões". O vereador prevê que o relatório final da comissão deverá ficar pronto em agosto.

A líder comunitária diz que os governantes abandonaram os moradores de ocupações. "Fomos enganados, esqueceram da gente, tivemos de sobreviver nestes terrenos por nós mesmos", afirma a líder comunitária. Fátima faz referência à invasão da Ferrovila, em 1991, quando ela diz ter conhecido Doático. "O que nos foi prometido é que iríamos invadir, fazer a nossa casa", diz. Com a mesma promessa que ela diz ter recebido de Doático na época, aceitou participar da invasão de Santa Quitéria. Doático nega as acusações.

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