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A Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, recebeu na tarde desta sexta-feira oito caixas com toda a documentação requerida pelo Brasil à Promotoria de Nova York contendo informações sobre os depósitos feitos na offshore Dusseldorf e demais contas do publicitário Duda Mendonça nos Estados Unidos. Serão tiradas duas cópias de todos os documentos, uma para o Ministério Público Federal e outra para a Polícia Federal, que serão enviadas até quarta-feira.

Pelo menos por enquanto, a CPI dos Correios não receberá cópias dos documentos. Por exigência da Promotoria de Nova York, tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público Federal terão que assinar um termo de compromisso de manter o sigilo dos documentos. As duas instituições vão analisar os documentos e devem pedir novas quebras de sigilo.

A viagem que integrantes da CPI fariam aos Estados Unidos está adiada por tempo indeterminado. A comissão não teve resposta a seus pedidos de audiência enviados ao Departamento de Justiça americano. O presidente da comissão, Delcídio Amaral (PT-MS), decidiu então suspender a missão. Segundo parlamentares da CPI, as autoridades americanas devem estar temendo que as informações sobre a quebra do sigilo bancário da conta Dusseldorf sejam vazadas para a imprensa, a exemplo do que aconteceu com os dados fornecidos pelas autoridades americanas à CPI do Banestado.

- Está claro que a resistência é muito grande depois da CPI do Banestado. Sem confirmar as audiências, a viagem seria muito arriscada - disse a senadora petista, Ideli Salvati, que embarcaria para os Estados Unidos com Delcídio e o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), sub-relator de movimentações financeiras.

A conta Dusseldorf, que o publicitário Duda Mendonça, no Bank Boston, em Miami, é o alvo principal da CPI nos EUA. Em depoimento à comissão, em agosto, o publicitário disse que foi nessa conta que ele recebeu R$10,5 milhões de pagamento pela campanha do PT em 2002. A esperança dos parlamentares é que, com a identificação de quem depositou na Dusseldorf, seja possível descobrir mais sobre as fontes de abastecimento do valerioduto.

A CPI tentou, sem sucesso, marcar dois encontros: um em Washington com representantes do Departamento de Justiça, e outro com promotores distritais de Nova York, que rastrearam os depósitos feitos na Dusseldorf.

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