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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Confira abaixo a lista das vítimas identificadas pelo IML

Vinte vítimas dos acidentes - que deixaram pelo menos 27 mortos e 90 feridos - na noite desta terça-feira na BR-282, em Santa Catarina, já foram identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Miguel do Oeste e de Chapecó.

Veja a lista das vítimas identificadas:

- Leonir Francisco Bagatini, 43 anos (bombeiro);

- Carlos Roberto Françozi, 34 anos (bombeiro);

- João Aldino Ludwig, 59 anos;

- Edinei Angelo Roth, 27 anos;

- Evanir de Fátima Becker, 32 anos;

- Elisandra Lucotti, 26 anos;

- Marinalda Girolometto, 23 anos;

- Roberto Inacio Borgheti, 41 anos (bombeiro);

- José Evaldir Ferreira Zuce, 45 anos;

- Elio Moss, 33 anos;

- Claudimir Spagnolo, 34 anos;

- Valdik Lucas Rupolo, 35 anos;

- Lorena Martelo Corso, 44 anos;

- Adelar Besutti, 64 anos;

- Evandro Daltoé, 31 anos (bombeiro);

- Fernando Pereira dos Santos, 22 anos;

- Nestor José Dalpin, 51 anos;

- Roberto Carlos de Castro, 38 anos;

- Evandro Luiz Troian (Cinegrafista da RBS TV) e

- Ilvanio Marcos Sehnem (policial militar)

Pelo menos 27 pessoas morreram e 90 ficaram feridas em dois acidentes no mesmo local da rodovia BR-282, na noite desta terça-feira, em Santa Catarina. A Polícia Rodoviária Federal chegou a divulgar que a tragédia deixara 28 mortos, mas a contagem tinha duas mortes a mais porque dois corpos foram contabilizados duas vezes pelo IML. Mais tarde, foi encontrado o corpo de um garoto no local do acidentel, elevando para 27 o número de óbitos.

Entre os mortos, estão bombeiros, civis e até profissionais que faziam a cobertura do acidente. Evandro Luiz Troian, 33 anos, cinegrafista da RBS TV Chapecó, afiliada da TV Globo, foi atingido e morreu na hora. Troian era paranaense, casado e pai de um filho. O corpo foi enterrado por volta das 18h30 no Cemitério Municipal de Terra Roxa, no Oeste do Paraná.

Até agora, 20 vítimas foram identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML).O governador Luiz Henrique da Silveira esteve no local do acidente e irá decretar luto oficial de três dias no estado.

Por volta das 19h30m, um ônibus - que transportava cerca de 40 passageiros de Chapecó para São José do Cedro - teria se chocado com duas carretas nas proximidades de Descanso, no extremo oeste do estado. Com a colisão, os três veículos teriam caído em uma ribanceira e pegado fogo. Cerca de duas horas depois, outra carreta perdeu o controle dos freios e acabou atingindo os veículos parados na rodovia, atropelando equipes de resgate e curiosos que pararam para observar a tragédia.

- Estavam os bombeiros, a ambulância, guinchos, todos parados quando, de repente, veio uma carreta a mais de 130 quilômetros por hora descendo a serra, levando gente, levando carro de bombeiros, carros de polícia, guinchos, levando tudo junto - contou um senhor.

O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, acredita que o acidente ocorreu devido à irresponsabilidade e à imprudência dos motoristas.

- Infelizmente a tragédia ocorreu por imperícia de um motorista e irresponsabilidade absurda de outro que não aceitando parar na barreira feita pela polícia ultrapassou o dispositivo militar - comentou o governador em entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira.

Motorista da carreta é autuado por homicídio culposo

O Rosenei Ferrari, de 28 anos, o motorista da carreta que provocou o segundo acidente, foi autuado por homicídio culposo, aquele em que não há intenção de matar. Os dois motoristas envolvidos no primeiro acidente morreram. Segundo o repórter Marcos Meller, da Rádio Peperi, que presenciou o segundo acidente, o caminhão responsável pela colisão trafegava por uma faixa de pista reservada para o trânsito de ambulâncias, em alta velocidade.

A Polícia Rodoviária Federal não descarta a possibilidade de ter havido falha mecânica no veículo.

- Estamos investigando se houve algum tipo de defeito mecânico no veículo, porque a sinalização com viaturas estava sendo feita a oito quilômetros de distância do acidente - afirmou um policial.

Após a tragédia, bombeiro sobrevivente diz que nasceu de novo

Para quem sobreviveu à tragédia, foi como nascer de novo.

- Eu fui arrastado pelo caminhão. Fiquei preso embaixo do caminhão. Nunca tive a sensação de estar vendo a morte. Mas ali, quando eu ouvi aquele barulho e vi aqueles ferros e os caminhões vindo para cima de mim, eu achei que fosse morrer. A hora que parou, eu olhei e estava embaixo de uma lona. Comecei a me mexer, estava legal, conseguindo me mexer. Consegui tirar a lona de cima de mim. Realmente, eu nasci de novo - contou o bombeiro Rogério Golin.

Gilmar Poletti, motorista de um caminhão-guincho que trabalhava na remoção dos veículos do primeiro acidente, disse à reportagem da RBS TV que foi atirado na ribanceira, e precisou retirar outras vítimas e objetos que ficaram sobre seu corpo para conseguir deixar o local.

Escuridão e inclinação do terreno dificultaram resgate

O trabalho de resgate das vítimas mobilizou centenas de policiais, socorristas e oficiais do Exército. A missão tornou-se mais complicada pela escuridão e pela inclinação do terreno. Cordas foram usadas para auxiliar o trabalho. Alguns corpos que estavam no ônibus ficaram presos às ferragens. Foi preciso utilizar uma serra para fazer o resgate.

Parentes e amigos passaram a madrugada buscando informações. Durante toda a noite, ambulâncias chegavam aos hospitais com feridos. Só para o Hospital de Maravilha, a cerca de 30 quilômetros do local do acidente, foram levados, pelos menos, 20 feridos.

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