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Dois dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST) foram assassinados a tiros em um acampamento em Pernambuco. Josias de Barros e Samuel Ferreira, os líderes mortos, eram dois dos principais dirigentes do MST em Pernambuco.

O duplo homicídio ocorreu na manhã de domingo no município de Moreno, nos arredores de Recife.

Os dois dirigentes assassinados integravam a coordenação nacional do MST.

- Os dois tinham chegado ao acampamento Alto da Balança no sábado para resolver os conflitos internos, e foram assassinados na manhã de hoje (domingo) por cerca de dez homens armados quando se negaram a retirar a bandeira do MST do local - disse à agência EFE Dilson Barbosa, dirigente nacional do movimento.

Segundo Barbosa, os assassinos fazem parte de um grupo de entre 10 e 12 pessoas que foram infiltrados no acampamento por um político regional, com a intenção de desmobilizar os camponeses e expulsar o MST da região.

Segundo a Polícia, as divergências entre os membros do acampamento surgiram no mês passado, quando uma empresa que está construindo um gasoduto na região fez uma proposta para adquirir o terreno em disputa, e indenizar os camponeses que esperam a desapropriação.

Os dirigentes do MST, no entanto, condicionaram a proposta a que a empresa compre outro terreno para ser distribuído entre os camponeses.

A rejeição, segundo a Polícia, gerou uma polarização entre os interessados em receber imediatamente a indenização e os que preferem continuar com as negociações.

- Temos informações de que um grupo teria saído do MST para se vincular a outro movimento, com a intenção de mudar o caráter da ocupação e negociar um acordo com a empresa responsável pela construção do gasoduto - disse o delegado Luiz de Oliveira.

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