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Os exames de perícia em 12 mil máquinas caça-níqueis apreendidas desde abril pela Polícia Civil de São Paulo só devem ser concluídos em 2009, o que pode emperrar os inquéritos policiais, atrasando a prisão dos donos dos equipamentos e dos comerciantes que os exploram. Isso porque o setor de patrimônio do Instituto de Criminalística (IC) tem só dois peritos para realizar o trabalho. A informação foi passada pela direção do IC ao secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, na última quarta.

Só após a conclusão de tais exames os proprietários de máquinas e os comerciantes poderiam ser presos por contrabando, segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), delegado Aldo Galiano Júnior. Ele afirma que os delegados solicitaram perícia para saber se as máquinas têm em seu interior componentes estrangeiros cuja entrada no Brasil foi ilegal.Curiosidade

O secretário Marzagão teria solicitado informações ao IC sobre como são feitas as perícias das máquinas, após saber que uma máquina apreendida dava ganho de 118% ao jogador. Ao dar a resposta ao secretário, o IC acrescentou que o instituto levaria até dois anos para concluir todos os laudos das apreensões. Principalmente, porque seus peritos teriam que ir até 2.221 locais diferentes para realizar os exames de perícia.

Como a polícia teve dificuldades em arranjar locais para acomodar os equipamentos, a maioria das máquinas lacradas ficaram nos próprios estabelecimentos comerciais. Os comerciantes não podem usá-las até que os laudos periciais sejam concluídos e enviados à polícia e à Justiça de São Paulo. Por causa disso, o risco de reincidência cresce.

Funcionários do IC são a favor da destruição das máquinas caça-níqueis. O diretor do Decap concorda com eles e já pediu à Justiça autorização para que isso fosse realizado em São Paulo.

- Nós não estamos criando nenhuma utopia, pois a destruição das caça-níqueis já foi feita no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais. Se tivermos esse aval da Justiça, a Prefeitura nos dará o terreno, a mão-de-obra e até o trator para passar por cima das máquinas - afirma Galiano Júnior.

- Não estamos pedindo nada absurdo. Pois se destroem CDs, produtos piratas e contrabandeados. É isso que queremos para as máquinas - pleiteia o diretor.

A secretaria da Segurança Pública diz que não haverá motivo para fazer perícia em todas as máquinas e espera que a Justiça permita sua destruição. Se o IC tiver que fazer todas as perícias, há gente suficiente, garante a pasta.

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