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O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta segunda-feira (23) a transferência de 12 presos da Lava Jato que atualmente estão na carceragem da Polícia Federal (PF) para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Paraná Fernando Francischini, eles terão o mesmo tratamento dos demais detentos. “A orientação tanto do juiz quanto da Polícia Federal é nenhum centímetro acima e nenhum abaixo do que todo preso comum com direito a cela especial receba”, disse. Os 12 presos vão ficar na ala de presos especiais do CMP, ocupada por detentos com curso superior. A transferência vai ocorrer na manhã desta terça-feira (24). A previsão é que os réus deixem a PF por volta das 8 horas.

Eles vão ocupar quatro celas no CMP, de acordo com Francischini. A divisão, de três presos por cela, será feita pela PF. Cada uma das celas tem três camas e o banheiro é coletivo – será dividido com cerca de 100 presos do CMP.

A alimentação também será igual a de todos os outros presos. “Vão comer o marmitex de todo preso comum do sistema penitenciário e vão usar o mesmo uniforme daquela unidade”, avisa Francischini.

Ainda de acordo com a Sesp, as quatro celas não têm TVs atualmente, mas os presos da Lava Jato poderão negociar a demanda com a diretoria penitenciária. Terão direito ainda a uma hora por dia de banho de sol e a duas horas e meia de visitas coletivas aos finais de semana.

Na decisão que autoriza a transferência, Moro considera que o local garantirá melhores condições para os presos –o espaço foi vistoriado pela PF.

Moro também afirma que os presos da Lava Jato deveriam ficar “separados da maior parte da população carcerária” porque haveria “algum risco” de sofrerem violência dos outros presos.

Serão transferidos ao CMP o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras, Renato Duque, os empreiteiros Erton Medeiros Fonseca, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Gerson de Mello Almada, João Ricardo Auler, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Sergio Cunha Mendes. Além deles, serão transferidos também Adir Assad e Mario Frederido Mendonça Goes.

Opção

Em fevereiro deste ano, Moro pediu para que as defesas informassem o interesse dos presos na transferência para o sistema prisional estatual. A consulta ocorreu depois de denúncias sobre más condições na carceragem da Polícia Federal. Na época, nenhum dos presos optou pela transferência e todos continuaram na PF.

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