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Apesar de estarem à frente das administrações municipal e estadual há apenas quatro meses, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), e o governador do Paraná, Orlando Pessuti (PMDB), estão entre os mais bem avaliados do país, segundo estudo do Instituto Datafolha divulgado ontem. Ducci lidera a lista dos prefeitos das sete capitais pesquisadas com 6,5 pontos na escala de zero a dez. Já Pessuti é o terceiro entre os governadores, com a nota 6,3.

A administração do prefeito curitibano teve uma das maiores aprovações, sendo considerada boa ou ótima por 50% dos entrevistados. Ducci comemorou o bom desempenho. "Sem­­pre disse que meu maior desafio seria manter os índices de popularidade da administração municipal. E fico muito feliz com o resultado, que é um reflexo de nosso trabalho, da presença permanente nos bairros e da série de obras que realizamos", afirmou.

Entre os governadores, Pessuti ficou atrás apenas de Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, e Jaques Wagner (PT), governador baiano. Ele teve média igual ao do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), mas venceu no critério desempate, que é a diferença entre a taxa de aprovação e de reprovação. A administração de Pessuti foi considerada boa ou ótima por 36% dos entrevistados e ruim ou péssima por apenas 6%. A de Cabral recebeu conceito bom ou ótimo de 41% e ruim e péssimo de 15%.

Em nota oficial, Pessuti se disse honrado pelo reconhecimento e que vai dar continuidade ao trabalho realizado nos quatro meses de sua gestão. "Vamos concluir o que está sendo executado e contemplar o Paraná com boas ações governamentais, deixando o estado com um legado importante a ser seguido pelos próximos governantes", ressaltou.

Mesmo com os altos índices de popularidade, os atuais administradores não alcançaram os mesmos resultados de seus antecessores. Na pesquisa anterior, divulgada em dezembro de 2009, Beto Richa (PSDB), que deixou a prefeitura para disputar o governo do estado, liderava entre os prefeitos com 84% de aprovação. O governo de Roberto Requião (PMDB), que se afastou para disputar uma vaga no Senado, foi considerado bom ou ótimo por 51% dos entrevistados no levantamento de dezembro.

Na avaliação da cientista política Maria Lúcia Victor Barbosa, professora aposentada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), o desempenho dos ex-vices e atuais administradores ainda reflete a popularidade de seus antecessores. "Uma das explicações é que as pessoas estão se baseando na obra realizada até agora e apostando na continuidade do trabalho", disse.

Apesar de ambos integrarem as administrações anteriores, para Maria Lúcia, Ducci e Pessuti ainda não tiveram tempo de mostrar trabalho. "Quatro meses é muito pouco tempo para que eles pudessem se destacar tanto apenas com realizações próprias e o cargo de vice não dá visibilidade suficiente para que o administrador possa se destacar", afirmou.

Metodologia

O Datafolha ouviu eleitores dos sete maiores colégios eleitorais e do Distrito Federal entre os dias 20 e 23 de julho. No Paraná fo­­ram realizadas 1.229 entrevistas e a margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

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