E agora Serra?

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Pinga-fogo

"Depois da declaração do Jair Cezar de que é favorável a CPI dos Radares espero que assine o requerimento o mais rápido possível. Faltarão apenas sete adesões para que pedido seja apreciado pelo plenário. CPI é o cumprimento de uma das obrigações de um vereador que é a fiscalização..."

Pedro Paulo, vereador (PT) de Curitiba, mantendo a esperança de conseguir as assinaturas necessárias para instalar a CPI que vai investigar as denúncias contra a Consilux.

A saída do prefeito Gilberto Kassab do DEM para fundar um novo partido e aderir ao governo Dilma Rousseff atingiu principalmente o ex-governador tucano José Serra (foto). O maior efeito colateral da movimentação de Kassab, na oposição, foi o engessamento dos planos de Serra de tentar disputar mais uma vez a sucessão presidencial em 2014, na avaliação de integrantes das cúpulas do DEM e do PSDB.Com a jogada antecipada do prefeito de São Paulo por um projeto pessoal, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) consolidou precocemente seu caminho para ser o candidato das oposições na próxima disputa pelo Planalto. Pelo menos no cenário atual, segundo líderes do DEM e do PSDB. Aliados de Serra avaliam que o quadro político atual pressiona o ex-governador a fazer o que não deseja: disputar a prefeitura de São Paulo em 2012, como única forma de reaglutinar seu grupo político e recuperar força.

Previdência

A previdência complementar do servidor público, um dos pontos da reforma iniciada em 2003 com a Emenda Constitucional 41, poderá voltar à pauta de discussões do Congresso Nacional neste primeiro semestre. O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR, foto), confirmou que o Executivo estuda o modelo a ser adotado. Na primeira tentativa de regulamentar o assunto, o governo enviou ao Congresso o projeto de lei, que hoje tramita na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados. A principal resistência ao projeto partiu, quatro anos atrás, dos servidores do Judiciário. Uma das críticas relacionava-se ao esquema proposto: as contribuições são estabelecidas previamente em contratos, mas os benefícios dependerão do nível de capitalização do fundo.

Para pensar...

"O Twitter não é propaganda. O Twitter é aquilo que podemos chamar de cochicho. É uma pessoa cochichando com a outra."

José Antonio Dias Toffoli, ministro do STF, a liberação das comunicações pelo Twitter e outros meios novos, como blogs, nos meses anteriores às eleições.

Estratégia

As eleições municipais de 2012 devem romper a tradição segundo a qual a sucessão nas prefeituras é uma briga entre lideranças locais. Depois de três derrotas presidenciais, a oposição ensaia projetos comuns, num jogo eleitoral que pode ser de vida ou morte. O PT, por sua vez, que não quer ser apeado do poder central, vai "nacionalizar" a disputa em algumas capitais.

Bolsa Família

Apenas um terço dos municípios prestaram contas sobre a gestão de recursos vinculados ao Bolsa Família aplicados em 2009. O prazo se encerra dia 31 de março e as prefeituras que não apresentarem as informações podem perder o dinheiro a partir de abril. Das 5.565 prefeituras, 1.852 prestaram contas, mas somente 701 foram aprovadas pelos conselhos até 17 de março.

Cabral

A resposta já está pronta para quem perguntar ao governador fluminense, Sérgio Cabral (PMDB), o que pretende fazer depois de encerrar o segundo mandato. "Quero ser presidente do Vasco da Gama", repete. No horizonte de Cabral, porém, não há uma presidência de clube, mas a Vice-Presidência da República. Reeleito no primeiro turno com 66% dos votos, o governador nega qualquer movimento para compor uma chapa de reeleição de Dilma em 2014 e insiste que o natural é a manutenção da parceria atual, com Michel Temer (PMDB). A hipótese ganha força, no entanto, porque Cabral, depois de três mandatos de deputado estadual e um de senador, rejeita a ideia de voltar ao Legislativo ou de ser candidato a presidente.