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opinião

“É inevitável”, diz Gustavo Fruet sobre impeachment de Dilma

Em entrevista coletiva, Fruet manifestou diversas vezes sua maior preocupação em manter as contas e serviços da cidade em dia do que falar de perspectivas para as eleições municipais

Prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, não quis ser direito sobre qual voto daria se ainda fosse deputado. | Evandro Bressan/Divulgação/Prefeitura
Prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, não quis ser direito sobre qual voto daria se ainda fosse deputado. (Foto: Evandro Bressan/Divulgação/Prefeitura)

“Já imaginou?”. Foi com essa resposta que o prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) fugiu da pergunta de como votaria sobre a admissão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) caso ainda fosse deputado.

Fruet ocupou uma cadeira na Câmara durante três mandatos consecutivos – passou pouco mais de dez anos em Brasília. “Há uma perda por diferentes razões, algumas publicáveis e talvez outras nem tanto”, resumiu sobre o processo.

Para o prefeito da capital, o afastamento de Dilma é “inevitável” e é preciso que haja uma decisão rápida por parte do Senado para que não haja maior “paralisia” de governos.

“Há uma preocupação de muitos prefeitos com relação a dificuldade de pagamento de salários e manutenção de serviços. Curitiba está tendo um aumento e uma pressão por serviços acima da média, principalmente na saúde, isso tudo custa e não há repasse de recurso novo”, disse.

Na entrevista, concedida durante uma visita do prefeito à nova Rua da Cidadania da Regional Cajuru, na tarde desta quarta-feira (20), Fruet manifestou diversas vezes sua maior preocupação em manter as contas e serviços da cidade em dia do que falar de perspectivas para as próximas eleições municipais.

Sobre um possível impacto do impeachment no pleito, ele disse que é “difícil prever” qual a agenda que vai determinar a eleição local. “Essa eleição é muito curta, haverá debates intensos”, avaliou.

Fruet reiterou que seu partido, o PDT, que votou contra o impeachment e mantém base de sustentação de Dilma, não deveria manter cargos no governo. “Acho que todos tinham que ter saído. Não participei da decisão. Quando a gente está no Congresso, opina muito mais do que quando está no Executivo. Esta decisão [de se manter no governo] vai ter que ser reavaliada porque é um momento sem precedentes”, avalia.

O prefeito foi eleito com o apoio do PT, que indicou Miriam Gonçalves como vice-prefeita. Hoje, a relação com o partido, que deve lançar candidato próprio em 2016, está estremecida. “Houve um afastamento evidente, já anunciado desde o ano passado, por iniciativa do PT, e eu fico muito tranquilo com relação a isso”, considera. Fruet disse não saber avaliar, no entanto, se haverá influência negativa do partido em sua reeleição.

Sobre a relação com um possível próximo governo Michel Temer (PMDB), o prefeito foi contido. “Assumindo o governo, ele tem a missão de montar uma equipe de notáveis, que também dialogue com o Congresso, mas uma equipe que não interrompa a continuidade de projetos que tem uma relação institucional”, defendeu, afirmando que seu partido não tem articulado com o vice.

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