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O alinhamento do Sol, da Terra e da Lua, nesta ordem, proporcionou um dos mais belos - e outrora temidos - espetáculos da natureza, neste sábado: um eclipse lunar total. O fenômeno, observado pela última vez em 28 de outubro de 2004, pôde ser visto de todo o país - com exceção do Rio Grande do Sul, onde o tempo encoberto pelas nuvens dificultou a visibilidade - a partir das 18h30m (horário de Brasília)

Na orla do Rio de Janeiro, centenas de pessoas observaram o fenômeno. Os espectadores que se concentraram nas praias do Arpoador, de Copacabana, de Ipanema e do Leblon aplaudiram o ponto alto do fenômeno, quando a Lua ficou totalmente encoberta pela Terra - por volta de 19h44. O eclipse terminou pouco depois das 22h.

- Esse é um fenômeno de duração longa, que depende do alinhamento perfeito dos três astros envolvidos: o Sol, a Terra e a Lua. Basicamente, a Terra se interpõe entre os outros dois corpos celestes, fazendo uma sombra - explicou Órmis Rossi, diretor de astronomia do Planetário do Rio de Janeiro. - O eclipse se dá quando a Lua entra no cone de sombra projetado por nosso planeta, se escondendo dos raios solares.

Durante alguns minutos, o satélite da Terra ganhou um belo tom vermelho escuro - e não preto, como a maioria poderia imaginar. Segundo o astrônomo, a explicação para isso está na nossa atmosfera. Apesar de não receber nenhuma luz direta do Sol, a Lua foi parcialmente iluminada pelos raios solares que sofreram refração na camada que envolve o nosso planeta

- Se não houvesse atmosfera na Terra, a Lua ficaria completamente escura.

Quem perdeu o espetáculo, só terá outra oportunidade no ano que vem. Segundo Rossi, o próximo eclipse lunar total com visibilidade em todo o Brasil acontece no dia 21 de fevereiro de 2008, às 22h.

- O outro fenômeno deste tipo, previsto para o dia 28 de agosto de 2007, será visível de pouquíssimos pontos do país, já que acontece no exato momento em que a Lua se põe no horizonte. Neste caso, o melhor ponto de observação deve ser no Mato Grosso, na divisa com Bolívia - afirmou o diretor de astronomia do Planetário.

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