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O presidente da Câmara afirmou ainda não ver motivos para que os citados sejam processados no Conselho de Ética | REINALDO FERRIGNO
O presidente da Câmara afirmou ainda não ver motivos para que os citados sejam processados no Conselho de Ética| Foto: REINALDO FERRIGNO

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira não ver qualquer impedimento para que os deputados citados na lista da Operação Lava-Jato integrem o Conselho de Ética da Casa, órgão que irá julgar eventuais processos de cassação dos mandatos dos envolvidos. Segundo Cunha, “todos são iguais” na Câmara.

“Acho que todos que estão no exercício do mandato nessa Casa são legítimos para exercer qualquer função, ninguém pode ser considerado sob suspeição. É claro que ele não vai ser relator de nenhum processo com relação a esse assunto. Para mim, não vejo nenhuma dificuldade, quem está aqui é igual a todo mundo. Até ser retirado renunciar ou ter sofrido processo com perda, ele é igual a todos”, disse.

“Tem pessoas aqui com inquérito, tem pessoas aqui com denúncias. O voto vale a mesma coisa no plenário. Não nos cabe cercear quem quer que seja”, completou Eduardo Cunha.

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O presidente da Câmara afirmou ainda não ver motivos para que os citados sejam processados no Conselho de Ética. Para Cunha, ser alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal não é motivo suficiente para ser alvo de processo de cassação na Câmara.

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“Eu já tive dois inquéritos: uma denúncia, um pedido que foi rejeitado, um que foi instaurado e uma denúncia da qual fui absolvido. Você deve ter hoje pelo menos 100 inquéritos ou denúncias tramitando no Supremo e não tem nenhum pedido de cassação dos parlamentares lá envolvidos em função disso. Não dá para confundir pedido de investigação com sentença condenatória ou mesmo com denúncia“, disse.

O deputado negou mais uma vez que tenha sido avisado de que seu nome está entre os citados na lista que foi entregue ontem pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no Supremo Tribunal Federal.

“Até agora só tem especulação, não posso comentar especulação, só fatos. A única coisa que posso desmentir mais uma vez, pela décima vez, é que não fui avisado de nada. O vice-presidente Temer, estive com ele praticamente todos os dias e em nenhum dia ele falou nada”.

Cunha afirmou ter convidado o ex-procurador Antônio Fernando Souza para verificar se de fato seu nome está citado entre os envolvidos. “Não contratei o ex-procurador, o convidei para se necessário for, se for verdadeira a informação que está sendo colocada. Pedi a ele que peticionasse para saber se está acontecendo alguma coisa. Se todos os jornais estão publicando que eu estou com algum pedido de investigação, é natural que eu busque com um advogado informações“, justificou.

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