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| Foto: Valter Campanato/ABr

Se todos os prefeitos, vices, secretários municipais e vereadores do Paraná resolverem acompanhar o Congresso e também reajustar os salários em 26%, os custos anuais, só no Paraná, chegariam a R$ 102,5 milhões. No país, seriam R$ 1,6 bilhão ao ano.

INFOGRÁFICO: Veja as projeções de acordo com a estimativa da CNM

Os números superlativos das gestões municipais – são 5,5 mil prefeitos, 44,5 mil secretários e 57,4 mil vereadores em todo o país – fizeram o resultado dos gastos no estado praticamente triplicar. Na semana passada, levantamento da Gazeta do Povo havia mostrado que os aumentos nas folhas salariais de membros dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo estaduais, somado aos dos membros do TC e MP, chegariam a R$ 56,6 milhões.

A título de comparação, o valor reservado aos reajustes no estado é maior que todo o orçamento da Defensoria Pública do estado para o ano que vem, de R$ 140 milhões.

O relatório da CNM ressalta que os aumentos ocorrem "em um momento delicado das contas públicas de todos os entes da federação".

"Econômicos"

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirma que os municípios ainda são os mais "econômicos" em termos de gasto com folha de funcionários. Em média, um prefeito ganha R$ 12.003 por mês. O subsídio dos prefeitos obrigatoriamente é mais alto que o recebido por vices, secretários e vereadores. E ainda assim, está bem abaixo de quanto ganha um deputado federal (R$ 33,7 mil a partir de 2015).

"Se eles [prefeitos, secretários ou vereadores] seguirem os passos dos deputados e usarem todo o espaço legislativo para alcançar os maiores salários possíveis, então pode contar que seriam R$ 8 bilhões a mais", afirma Ziulkoski. Ele reitera que isso seria "totalmente legal". "Nos municípios está se gastando a metade do que se poderia gastar".

Na opinião do dirigente da CNM, é "quase certo" que todas as cidades irão optar pelo reajuste de 26%. O valor é o equivalente à inflação entre 2010 e 2014.

O aumento do Congresso é automático nas Assembleias Legislativas: todas elas já aprovaram leis que atrelam os vencimentos dos deputados estaduais a 75% do salário dos deputados federais. Com isso, a folha de janeiro de 2015 já vai ser de R$ 25,3 mil aos parlamentares estaduais.

Já os salários dos vereadores não são fixados em lei e são baseados em uma relação entre rendimento do município e o número de habitantes. Em cidades com mais de 500 mil habitantes, por exemplo, o salário máximo pode chegar a 75% do vencimento dos deputados estaduais. Em média, no Paraná, um vereador recebe R$ 3,6 mil – que poderá passar para R$ 4,5 mil se houver reajuste.

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