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O criminalista Márcio Thomaz Bastos, advogado de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmou na tarde desta terça-feira (22), após a audiência na qual o cliente se manteve todo o tempo calado, que existe a possibilidade do contraventor nunca falar à CPI.

Bastos explicou que não falar à CPI não prejudicaria sua defesa e que a Constituição assegura a ele pleno direito para não falar nada. "Ele pode não falar nunca, se ele quiser. É um direito que o réu tem. Isso não vai prejudicá-lo, se ele não falar. A Constituição de 1988 é posterior ao Código de Processo Penal", disse o criminalista.

Thomas Bastos descartou qualquer possibilidade de permitir que o cliente fale à CPI, antes de prestar depoimento em juízo, na 11ª Vara Federal de Goiânia. "Claro que não. Ele não vai se prejudicar, nem vai antecipar suas respostas às perguntas que lhe serão feitas pelo juiz", completou.

Thomaz Bastos, porém, indicou que três requisitos precisariam ser cumpridos para que a defesa avalie se o réu deve ou não prestar informações à CPI. Entre elas, o julgamento da ação na Justiça de Goiás e o julgamento do Habeas Corpus, impetrado pela defesa que anular todas as interceptações telefônicas obtidas na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

"Então, nós estamos esperando o quê: primeiro, estudar o processo e dar a ele uma orientação segura; segundo, que ele seja julgado no processo da 11ª Vara de Goiânia; terceiro, que o Habeas Corpus que impetramos no Tribunal Regional Federal da primeira Região seja julgado. Acredito que tudo isso dê tempo de acontecer até que ele seja convocado para ele vir aqui [novamente]". Ainda assim, o advogado, ex-ministro da Justiça, afirmou que o cliente vai contribuir com a CPI "na medida do possível, desde que preenchidos os requisitos indispensáveis".

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