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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

A família de V.S.S., 11 anos, que conseguiu embarcar sozinho, sem bilhete ou cartão de embarque, em um avião da Gol da região metropolitana de Cuiabá para Guarulhos (SP) redobrou as atenções com o garoto desde o episódio.

"Nunca fui de deixar a atenção de lado, mas agora estou ainda mais atento. Ele só sai para brincar na rua quando eu estou por perto ou a mãe. Também vou buscá-lo na escola, mesmo sendo perto de casa", disse o pai, o soldado da Polícia Militar Valmirson dos Santos Almeida.

O PM contou que essa foi a primeira vez que o garoto saiu de Mato Grosso. "Ele nunca tinha saído do estado. O que queria mesmo era andar de avião. Entrou inocentemente, nem sabia para onde estava indo. Deve ter ficado olhando o movimento, foi andando e entrou no meio no povo."

A mãe do menor, a dona-de-casa Flaviana Cacilda, disse que ele sempre foi agitado. "Ele sempre foi esperto e bom estudante, está na 5ª série. O irmão dele, de 7 anos, é mais quieto."

Segundo o pai, V. chegou a Guarulhos e logo os policiais foram atrás dele e o levaram para o Conselho Tutelar. "Quando ligaram aqui, minha mulher e eu ficamos um pouco mais aliviados porque já tínhamos procurado por todo o canto. Apesar da distância, deu para ficar tranqüilo por saber que ele estava bem." Aventura

A aventura do garoto começou após uma briga dele com um vizinho da sua idade, no dia 18 de outubro. "Ele ficou com medo de eu brigar e fugiu. Pegou um ônibus e foi para o aeroporto. Mas agora está tudo bem. Ainda tiram sarro da cara dele, mas ele está indo para a escola normalmente, já fez as pazes e está brincando com o amiguinho de novo."

No dia seguinte, o pai viajou para Guarulhos para buscar o menino. Após uma série de análises feitas por psicólogos no Conselho Tutelar, o garoto foi liberado e voltou com o pai, desta vez de ônibus, para Cuiabá - uma viagem de aproximadamente 29 horas, de acordo com o PM.

Ele disse ter ficado tão traumatizado que não quer mais voltar a fazer esse trajeto. "Não quero nem passar perto de São Paulo novamente."

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