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A possibilidade de o futuro presidente da Câmara de Londrina assumir a prefeitura está tornando a eleição para a Mesa Diretora do Legislativo municipal mais concorrida do que nunca. Embora a escolha do novo presidente só vá ocorrer em 1º de janeiro, quando haverá a posse dos eleitos, a movimentação nos bastidores é grande. Cinco vereadores já manifestaram interesse na disputa ou estão tendo seus nomes cogitados para o cargo – ocupado hoje por Sidnei de Souza (PTB), não reeleito.

O futuro presidente da Câmara pode assumir o Executivo caso o deputado estadual Antonio Belinati (PP), vencedor da eleição à prefeitura, não consiga reverter a cassação de sua candidatura antes de 1º de janeiro e, até lá, a Justiça Eleitoral não declare eleito Luiz Carlos Hauly (PSDB), o segundo colocado.

Nesse caso, como também não há um vice-prefeito para assumir, quem se tornará prefeito é o presidente da Câmara, que comandará a cidade durante um mandato tampão, até que se resolva o imbróglio eleitoral de Londrina e haja a definição de quem será o novo prefeito. Já o vice-presidente do Legislativo, nessas circunstâncias, assumiria a presidência da Câmara.

Por enquanto, apenas os vereadores eleitos Tito Vale (PMDB) e Roberto Kanashiro (PSDB) já são candidatos declarados à presidência da Câmara. Kanashiro inclusive teve de vencer a disputa interna do PSDB para ser escolhido – os outros dois membros da futura bancada tucana postulavam o cargo. Ele não esconde ainda que considera real a possibilidade de o novo presidente assumir a prefeitura. "O novo presidente precisa ter o foco na Câmara e, ao mesmo tempo, estar preparado para, se for necessário, assumir a responsabilidade de fazer essa transição no Executivo."

Tito Vale também já fala como candidato. "Nada mais justo do que ocorrer a renovação na presidência da Câmara", afirma ele, lembrando que foi alto o índice de renovação dos vereadores que assumirão no próximo ano.

O vereador Joel Garcia (PDT) nega publicamente que seja candidato, embora tenha sondado alguns colegas em busca de votos. Jairo Tamura (PSB) também nega que seja um dos postulantes, mas teve seu nome citado nos bastidores como possível candidato. Ele diz que defende uma "coalizão" para eleger o novo ocupante do cargo, já que existe a possibilidade de o presidente assumir a prefeitura. "O presidente precisa ser apoiado pelos vereadores para fazer um mandato tampão (na prefeitura) com responsabilidade e transparência."

Sandra Graça (PP) é outra cotada. "Não tenho nenhuma decisão tomada sobre isso. Não é um sonho meu. Mas não descarto a possibilidade", afirma ela. Ninguém deixa de especular ainda que outros candidatos possam aparecer até a posse e a eleição da Mesa Executiva.

A definição da eleição para prefeito é um dos fatores que ajudarão a clarear a disputa pela presidência da Câmara. Se Belinati reverter a impugnação da sua candidatura, a eleição para a Mesa Executiva ganha outros contornos, pois o presidente não assumiria a prefeitura.

Nesse caso, as chances de Sandra Graça ser candidata seriam reduzidas. Isso porque ela é do mesmo partido de Belinati e existe um entendimento dentro da Câmara de que não há clima para um governista na presidência – herança da crise no Legislativo municipal ocorrida neste ano, quando diversos vereadores foram cassados ou renunciaram. "É de bom tom equilibrar os poderes", justifica o vereador Joel Garcia.

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