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Desfalques nas pastas

As secretarias de estado alvo dos desfalques por conta das eleições deste ano têm perfil bastante variado. Vão das pastas com maior visibilidade política, como Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, às mais técnicas, como Justiça e Administração.

O prazo para o afastamento de cargos públicos por quem vai disputar a eleição de outubro entra em sua reta final esta semana e, com ele, uma debandada no primeiro escalão de governos estaduais é esperada nos próximos dias. Levantamento dá uma ideia do que será esse fenômeno, reflexo das nomeações políticas nas administrações públicas.

Quase uma centena de secretários – um em cada quatro – vão deixar suas funções este ano, em pelo menos 16 estados, para concorrer a um mandato ou trabalhar em alguma campanha. O desfalque não acaba aí. Sete dos 12 governadores que não podem se candidatar à reeleição já anunciaram que se afastarão do comando de seus estados até sexta-feira para novos voos políticos.

A lei eleitoral exige que ocupantes de cargos públicos deixem suas funções seis meses antes da eleição se quiserem se candidatar. A exceção só existe para casos de reeleição. Neste ano, o prazo final é 5 de abril.

Em sua maioria, os secretários que estão abandonando suas pastas são políticos interessados em uma cadeira de deputado federal ou estadual. Alguns deles já têm mandato e, agora, retornam ao cargo para o qual foram eleitos em 2010 para tentar a reeleição. Outros são novatos ou tiveram mandato no passado.

O governo do Rio de Janeiro terá o maior desfalque do país, com metade (52%) do secretariado esvaziado por causa da eleição, caso se confirmem as 14 baixas previstas na semana passada. Isso faz o Rio praticamente começar uma nova gestão faltando apenas nove meses para o fim do mandato. Em situação parecida estão os governos do Piauí e de Pernambuco, que trocarão 47% e 42% do primeiro escalão, respectivamente.

O ritmo de desincompatibilização nos três estados é bem superior ao verificado até o momento no governo federal. Até sexta-feira, dez dos 39 ministros haviam se afastado por interesses eleitorais, ou 25%.

O jornal O Globo mapeou o movimento de desincompatibilização em 16 estados na semana passada (RJ, MG, PR, PE, SC, MT, GO, SP, RN, AL, PB, RS, SE, PI, MS e PA). Nesses locais, as baixas devem chegar a 93 secretários, o equivalente a 26% do primeiro escalão.

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