A Associação Brasileira dos Bares e Casas Noturnas (Abrabar), seção Paraná, vai entrar com um mandado de segurança contra a implantação da lei seca no estado, no dia 5 de outubro, quando serão realizadas as eleições municipais em todo o país. A determinação, assinada pelo secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, proíbe a venda de bebidas alcoólicas entre a 0 hora do dia 5 até a 0 hora do dia 6 de outubro. Para o diretor da Abrapar-PR, Fábio Aguayo, a lei seca é "arbitrária".
Na segunda-feira (29) haverá uma reunião na sede da Abrabar com os proprietários de estabelecimentos que queiram fazer parte da ação contra a lei seca. "Podemos entrar com o mandado de segurança no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e na Vara da Fazenda Pública para deixar sem efeito a resolução da Secretaria de Segurança", afirmou Aguayo.
Caso o mandado não seja aceito, o presidente da Abrabar afirmou que também serão discutidas alternativas legais para "enfrentar" a lei seca. "Já existe uma lei rigorosa sobre a bebida alcoólica. A lei seca para nós é arbitrária", disse. Aguayo afirmou que a lei seca acaba incentivando as pessoas a beberem mais.
"Não pode a venda, mas o consumo está liberado. Os bares podem fazer festas fechadas e vender tíquetes de bebidas até a meia-noite de sábado. Ninguém pode impedir que os bares dêem bebidas de graça para os clientes também", ironizou.
O presidente da Abrabar lembrou de 2006, nas eleições para presidente e governador, quando também imperou a lei seca no primeiro turno no Paraná. "Entramos com uma ação e a secretaria mudou a lei para o segundo turno. Em Santa Catarina não tem lei seca. Lá eles acreditam que as pessoas são conscientes para votar. Por que isso também não pode acontecer aqui?", questionou Aguayo.
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